O segundo maior empreendedor nordestino foi o paraibano Francisco de Assis Chateaubriand, o Chatô, que criou o maior império jornalístico do Brasil e da América Latina. Esse império, no seu auge, contou com 36 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 revistas e 18 canais de televisão. Entre as revistas, a semanal mais famosa, O Cruzeiro, criada em 1929.
Chatô foi quem implantou no Brasil a televisão, em setembro de 1950. Uma curiosidade: O primeiro brasileiro a andar de avião foi, como se sabe, Alberto Santos Dumont (1879-1932). O segundo foi Chatô. Essa sua primeira grande façanha ocorreu em 1913, na capital pernambucana. Foi um voo panorâmico.
A obra empresarial de Delmiro Gouveia despertou a curiosidade de todo o país e do Exterior.
O escritor alagoano Graciliano Ramos ( ) virou fã de Delmiro, como o paulista Mário de Andrade. Ao paraibano Chatô também não passou despercebido tudo que Delmiro fez no Nordeste, chegando até a escrever um longo artigo no Diário de Pernambuco, em 1914.
O fato de Delmiro ter "roubado" a filha do governador Sigismundo para fazê-la sua mulher faz-me lembrar que isso era um "tradição" no Nordeste arcaico. Aliás fugir com alguém cujo namoro a família impedia era fato comum. Muitas tragédias ocorreram com isso. Lampião roubou do marido, um sapateiro, a mulher com quem viveu até morrer, em 1938. São muitos os casos parecidos ao praticado por Delmiro. Quem não conhece a tragédia Shakespeareana Romeu e Julieta, que se passa em Verona no começo do século 16. Luiz Gonzaga, o rei do Baião sentiu vontade de também roubar a garota por quem suspirava, mas uma surra providencial do pai e da mãe impediram seu ato. Mas ele deixou numa música o registro:
E ele voltou ao assunto noutra música, em Casamento Improvisado, clique: