Assis Angelo e convidados do São Paulo Capital Nordeste |
Meus primeiros textos foram publicados no jornal O Norte, da cadeia associada formada pelo paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. À época, 1972, eu assinava meus textos sob o pseudônimo Di Angelus. Esses textos ocupavam uma coluna intitulada Arte e Espetáculos.
No rádio iniciei carreira, ainda nos anos de 1970, na Correio da Paraíba como produtor e locutor noticiarista, à tarde de hora em hora. À época eu me identificava pelo pseudônimo D'Ângelo Bianchini.
No decorrer do tempo, usei quase duas dezenas de pseudônimos.
Na Paraíba, o rádio foi inaugurado no dia 25 de janeiro de 1937. Era estatal e se chamava, como se chama até hoje, Tabajara.
Depois da rádio Tabajara, foi inaugurada a Arapuan no dia 18 de agosto de 1950. Eu nasceria dois anos, uma semana e 2 dias depois: a 27 de setembro.
No dia 22 de agosto de 1976, eu chegava à Capital paulista.
Em São Paulo apresentei programas nas rádios Mulher, Atual, Capital e Trianon.
Na rádio Atual eu apresentei o programa Gente e Coisas do Nordeste.
Na rádio Capital eu apresentei o programa São Paulo Capital Nordeste.
Na rádio Trianon eu apresentei o programa O Brasil Tá Na Moda.
Na rádio Jovem Pan trabalhei na chefia de reportagem.
Entrevistei centenas e centenas de artistas como Dominguinhos, Inezita Barroso, Mário Zan, Otacílio Batista. Muitos.
Otacílio Batista foi um dos mais importantes repentistas do Brasil.
Muitos nordestinos ocuparam, e continuam ocupando, os microfones de rádio em São Paulo. Entre esses, Germano Júnior, Mano Veio e Mano Novo e Luiz Wilson.
No dia 9 de setembro de 2007, o compositor e cantor pernambucano Luiz Wilson entrava no ar pela rádio Imprensa FM 102,5 apresentando o programa Pintando o 7. É ele quem conta:
Minha inspiração começou na infância, no Sítio Recanto Verde-Sertânia, PE, com aproximadamente 10 anos ouvindo a Rádio Cardeal de Arcoverde. Iniciei na carreira musical e abracei o rádio depois. Já gostava do Rádio, mas só tive oportunidade de me dedicar quando deixei a área comercial, onde trabalhava. Iniciei no rádio gravando uns Programas e seleções musicais para a Rádio Nacional de Cotia, a pedido do saudoso Sr Waldemar Ciglione. Posteriormente apresentei Progranas em Rádios Comunitárias. Estreei o Programa Pintando o 7 na Rádio Imprensa FM 102,5 de São Paulo. Comemorando 15 Anos, o programa é compromissado com o resgate e a Preservação do Forró Pé de Serra e demais segmentos da cultura popular. Em 2016 ampliei o Pintando o 7 para a Rádio Itapuama FM 92,7 da Cidade de Arcoverde, PE, a caminho de sete anos no ar. Como Intérprete gravei 15 discos, sendo dois compactos duplas, 01 LP e 12 CDs. Aproximadamente 140 músicas gravadas. Como Cordelista são aproximadamente 20 folhetos, em destaque o Livro/ Método de Vendas: Vendendo e Aprendendo em Cordel.
O programa Pintando o 7, produzido pela cantora mineira Fatel, é um programa recheado de xotes e
forrós, como é o programa do paulistano Paulinho Rosa. É ele quem conta:
Beto Alves, Paulinho Rosa e Dominguinhos na Rádio USP |
Talvez por amar rádio e achar um veículo de comunicação fantástico
acabei conseguindo criar, produzir e apresentar um programa chamado Vira e Mexe na Rádio USP, programa este que mostra tudo sobre o FORRÓ desde
de 2009 e que teve ninguém menos que Dominguinhos como parceiro e ainda o
Beto Alves, um ótimo técnico que ajuda em tudo o programa. O programa
reflete a minha vivência como produtor de FORRÓ há 22 anos no Canto da Ema e muito do que aprendo na musica sendo sócio da Casa Natura Musical.
Outro paulistano que fazia da música do Nordeste bandeira no rádio foi Jorge Paulo (1938-2015).
Durante anos e anos Jorge apresentou o programa Chapéu de Couro nas rádio Bandeirantes, Cultura, Globo. Até um filme ele estrelou. Neste filme, Chapéu de Couro, participou o rei do baião Luiz Gonzaga. Éramos amigos e ele costumava abrilhantar nossas conversas com suas histórias. Chegou a ser deputado.
O compositor e cantador mineiro Téo Azevedo também usou os microfones de rádio (Record e Atual) para mostrar os artistas da sua terra e do Nordeste.
Ao lembrar do rádio da Paraíba, lembro-me imediatamente de nomes famosos como Enoque Pelágio e Bernardo Filho, com quem trabalhei na rádio Correio da Paraíba.
Enoque, durante anos, apresentou o programa líder de audiência Eu Sou Eu e o Povo é o Povo. Essa história é contada pelo historiador José Octávio de Arruda Mello, no Livro A Arapuan e o Rádio Paraibano — Uma Biografia Dual (Ed. A União, 2020).
Por ninguém ter se tocado em compor um hino para o rádio, Jarbas Mariz e eu compusemos O Samba do Rádio. Abaixo, na voz do próprio Jarbas: