Inezita gravou discos em todos os formatos. No link aí, Zuza Homem de Melo e eu falamos sobre a importância dessa artista: https://youtu.be/m01TTKdiEpM |
No dia em que a cantora Inezita Barroso completaria noventa e cinco anos de idade, a atriz e instrumentista Adelaide Chiozzo trocaria esta terrinha maluca pelo céu estrelado de Deus.
Adelaide nasceu no dia oito de maio de 1931, em São Paulo.
Ficou famosa, primeiro, como atriz do cinema e da televisão. Participou de uma
dezena de filmes e começou a gravar discos na década de 1950. Entre as
gravações que fez estão Sabiá na Gaiola (Hervé Cordovil e Mário Vieira) e
Beijinho Doce (Nho Pai). Curiosamente, também gravou uma música do ator
premiado Anselmo Duarte em parceria com Bene Nunes: Pedalando, polca.
A primeira gravação de Sabiá na Gaiola foi feita pela
cantora Carmélia Alves (1923 – 2012)
Nós, brasileiros, estamos perdendo o bom hábito de ler
livros, ouvir boa música e lembrar dos nossos grandes artistas.
A cantora e instrumentista Inezita Barroso, de batismo Ignês
Magdalena Aranha de Lima (1925 - 2015) deixou-nos uma obra grande e ótima.
Gravou tudo de bom que queria gravar, incluindo modas de viola, emboladas,
toadas, sambas e choros.
Inezita nasceu num 4 de março, de Carnaval, e partiu rumo à
eternidade no dia 8 de março, dia Internacional da Mulher. Deixou saudade,
muita saudade, uma filha (Marta) e netos.
Inezita frequentava minha casa e eu a casa dela.
Nunca emborcou um copo de cachaça, mas adorava entornar um
uisquinho, sem gelo. Fiz-lhe companhia muitas vezes, nesse salutar exercício de
levantamento de copo.
Eu e Inezita frequentávamos o extinto restaurante
Parreirinha, ao lado de Jamelão, Miltinho, Adoniran.
Escrevi um livro sobre ela: A Menina Inezita Barroso (Cortez
Editora; 2011). A ideia, era escrever outro. No primeiro, conto a sua história
até os dezessete anos de idade...
Escrevi muito sobre Inezita Barroso, em jornais e revistas.
E participei algumas vezes do seu programa, Viola Minha Viola (TV Cultura,
canal 2, SP). Ela também participou várias vezes dos programas que apresentei
nas rádios Capital e Trianon.
Foi em Recife, PE, que Inezita iniciou a carreira musical. Isso
no velho teatro Princesa Isabel, pelas mãos de mestre Capíba. Bela história é a
dela. Gravou em 78 RPM, compactos de 33/45 RPM, LP’s, e CD’s.
Inezita estreou em disco em 1951, mas foi a partir de 1953
que ela passou a chamar a atenção do público e crítica. Nesse ano, ela gravou o
samba-canção que se tornaria clássico: Ronda, de Paulo Vanzolini (1924 - 2013).
Ela costumava a guardar tudo que gravava, incluindo entrevistas à emissoras de
rádio e televisão. Guardava também recortes de jornais e revistas a seu
respeito.
Uma vez Inezita deixou escapar que não tinha na sua
discografia material o 78 RPM que trazia Ronda. Pouco depois presenteei-lhe com
um exemplar desse disco.
Pouco antes de Inezita morrer, o multi-instrumentista Papete
e eu compusemos A Brasileira Inezita Barroso. Ouçam: https://youtu.be/lvOcOmTo4PI
Em 1998, eu Fernando Faro e outro participamos no programa Roda Viva entrevistando a grande cantora:
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