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quarta-feira, 4 de março de 2020

INEZITA BARROSO, SAUDADE...

Inezita gravou discos em todos os formatos. No link aí, Zuza Homem de Melo e eu falamos sobre a importância dessa artista: https://youtu.be/m01TTKdiEpM


No dia em que a cantora Inezita Barroso completaria noventa e cinco anos de idade, a atriz e instrumentista Adelaide Chiozzo trocaria esta terrinha maluca pelo céu estrelado de Deus.
Adelaide nasceu no dia oito de maio de 1931, em São Paulo. Ficou famosa, primeiro, como atriz do cinema e da televisão. Participou de uma dezena de filmes e começou a gravar discos na década de 1950. Entre as gravações que fez estão Sabiá na Gaiola (Hervé Cordovil e Mário Vieira) e Beijinho Doce (Nho Pai). Curiosamente, também gravou uma música do ator premiado Anselmo Duarte em parceria com Bene Nunes: Pedalando, polca.
A primeira gravação de Sabiá na Gaiola foi feita pela cantora Carmélia Alves (1923 – 2012)
Nós, brasileiros, estamos perdendo o bom hábito de ler livros, ouvir boa música e lembrar dos nossos grandes artistas.
A cantora e instrumentista Inezita Barroso, de batismo Ignês Magdalena Aranha de Lima (1925 - 2015) deixou-nos uma obra grande e ótima. Gravou tudo de bom que queria gravar, incluindo modas de viola, emboladas, toadas, sambas e choros.
Inezita nasceu num 4 de março, de Carnaval, e partiu rumo à eternidade no dia 8 de março, dia Internacional da Mulher. Deixou saudade, muita saudade, uma filha (Marta) e netos.
Inezita frequentava minha casa e eu a casa dela.
Nunca emborcou um copo de cachaça, mas adorava entornar um uisquinho, sem gelo. Fiz-lhe companhia muitas vezes, nesse salutar exercício de levantamento de copo.
Eu e Inezita frequentávamos o extinto restaurante Parreirinha, ao lado de Jamelão, Miltinho, Adoniran.
Escrevi um livro sobre ela: A Menina Inezita Barroso (Cortez Editora; 2011). A ideia, era escrever outro. No primeiro, conto a sua história até os dezessete anos de idade...
Escrevi muito sobre Inezita Barroso, em jornais e revistas. E participei algumas vezes do seu programa, Viola Minha Viola (TV Cultura, canal 2, SP). Ela também participou várias vezes dos programas que apresentei nas rádios Capital e Trianon.
Foi em Recife, PE, que Inezita iniciou a carreira musical. Isso no velho teatro Princesa Isabel, pelas mãos de mestre Capíba. Bela história é a dela. Gravou em 78 RPM, compactos de 33/45 RPM, LP’s, e CD’s.
Inezita estreou em disco em 1951, mas foi a partir de 1953 que ela passou a chamar a atenção do público e crítica. Nesse ano, ela gravou o samba-canção que se tornaria clássico: Ronda, de Paulo Vanzolini (1924 - 2013). Ela costumava a guardar tudo que gravava, incluindo entrevistas à emissoras de rádio e televisão. Guardava também recortes de jornais e revistas a seu respeito.
Uma vez Inezita deixou escapar que não tinha na sua discografia material o 78 RPM que trazia Ronda. Pouco depois presenteei-lhe com um exemplar desse disco.
Pouco antes de Inezita morrer, o multi-instrumentista Papete e eu compusemos A Brasileira Inezita Barroso. Ouçam: https://youtu.be/lvOcOmTo4PI
Em 1998, eu Fernando Faro e outro participamos no programa Roda Viva entrevistando a grande cantora: 



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