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terça-feira, 30 de abril de 2013

E AGORA?

Pois é, e agora?
Há pouco foi para a eternidade a paulista de Ibitinga Maria Elisa Campiotti (1913-2011), mais conhecida por Zica Bergamo, pintora naïf – nas horas que tinha vagas -, autora da valsa Lampião de Gás tornada clássica ainda no tempo e formato dos discos de 78 rpm, por Inezita Barroso.
Era uma flor dona Zica, de quem tenho na parede de casa desenhos maravilhosos que me deu e na memória guardo a sua imagem de vó incrível, sempre sorrindo, de bem com a vida.
Há pouco também foi para o infinito o paulistano, descendente de italianos, Alberto Marino Jr. (1924-2011), autor da letra de Rapaziada do Brás, a primeira valsa-choro – na verdade, a primeira música - que trouxe no título o nome de um bairro da capital de São Paulo, composta originalmente em 1917 e em disco gravada – ainda sem letra - pelo próprio autor e seu conjunto, o Sexteto Bertorino Alma, dez anos depois; e de modo independente, diga-se de passagem.
Paralelamente à carreira bissexta de poeta e compositor, Alberto Marino Jr. foi um dos mais importantes promotores, juízes e desembargadores do Brasil.
O selo musical que acolheu Rapaziada do Brás, na sua origem, chamou-se Brasilphone, hoje com história perdida na poeira do tempo.
Em seguida partiu para o céu o carioca Altamiro Carrilho (1924-2012), um deus da flauta.
Agora, meu Deus, quem acaba de ir para bem distante de nós, mortais, é o maior de todos os brasileiros atuantes no campo da Biologia e Humanismo, o Dr. Paulo Emílio Vanzolini (foto) que também foi compositor de música nas horas de lazer e que gerou – atentem! - o primeiro samba-canção que tem a cidade paulistana, a 3ª maior do planeta em população, como pano de fundo para uma história de amor de dor: Ronda.
Pois é, esses nomes, incluindo o pai do Dr. Alberto Marino Jr., o maestro Alberto Marino, foram muito importantes para o Brasil, em todos os sentidos...
E nenhum livro sobre eles foi publicado até hoje!
A dois ou três editores conhecidos, eu sugeri que publicassem livros que eu mesmo escreveria sobre eles, mas...
E eles, os personagens citados, ainda estavam vivos...
Os editores consultados responderam que não tinham interesse, porém sugeriram: se eu bancasse ou conseguisse quem bancasse os livros que propus escrever, eles publicariam...
E assim a história viva do nosso País, no casso a partir da música, vai se perdendo até que eu também vá embora.
Mas que importância tem isso, não é mesmo?
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