Seguir o blog

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

J&CIA PREMIA OS MELHORES JORNALISTAS (7)

Caricatura de Jorge Moraes feita por Cláudio
 JORGE MORAES
“É necessário fincar raízes na sua terra”

“Eu sou de um lugar de muitas histórias”, começou de modo bem humorado o jornalista pernambucano Jorge Moraes, pelo telefone.
Jorge, filho de seu Jaime, um ex-sapateiro e taxista; e de dona Clélia, uma professora aposentada, nasceu em Recife há 51 anos.
É irmão de Jaime Jr e Luiz Moraes.
Estudou em colégio público e formou-se em Jornalismo em 1994. Formado, não encontrou muitas dificuldades para iniciar carreira no Diário de Pernambuco, PE.
Conversa vai, conversa vem, descobri que Jorge Morais é um cara de bom papo e muito sabido.
Disse Jorge que quem desconhece a história da sua terra tem muita chance de errar na vida. Lembrou a máxima do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), segundo a qual “a minha aldeia é tão grande como outra qualquer”.
Nessa mesma linha recorda que Pessoa dizia que: “eu sou do tamanho do que vejo/e não do tamanho da minha altura”.
Como todo ou quase todo nordestino, Jorge conhece o Nordeste e o Brasil como a palma da mão.
A palma da mão é o mapa da memória.
É bom que se diga que pela cabeça desse jornalista nunca passou a ideia de trocar a sua aldeia por outra. Mais uma vez, aqui, ele lembra que é necessário fincar raízes na sua terra.
O poeta cearense Patativa do Assaré (1909-2002) pensava a mesma coisa, tanto que dizia que aquele que abandona seu lugar é um desnaturalizado.
Não custa repetir: a Jorge nunca faltou a chance de morar e trabalhar em São Paulo, ou em outra cidade que quisesse.
Pernambuco é uma terra de muitas lutas.
Em 1817, entrou para a história a Guerra Pernambucana. Essa guerra, que durou pouco tempo, teve por objetivo separar-se do domínio português. Foi em consequência dela que Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Caneca, foi fuzilado aos 46 anos de idade. Virou herói, como viraram heróis Domingos José Martins (1781-1817) e Bárbara Pereira de Alencar (1760-1832).
Bárbara, que veio a ser avó do escritor cearense José de Alencar (1829-1877), foi mentora da confederação do Equador. Perseguida pelas forças imperiais, morreu no Piauí.
História incrível!
Antes, em 1648, também entrou para a história a Guerra do Guararapes. Essa guerra envolveu pretos, índios e portugueses. O propósito era expulsar de Pernambuco os holandeses.
Isso tudo sabe e lembra com detalhes Jorge Moraes. Inspirado no seu conterrâneo Cícero Dias (1907-2003), diz: “Eu vi o mundo e ele começava no Recife”.
Jorge, que este anos foi reconhecido como o segundo profissional +Admirado da Imprensa Automotiva, além de +Admirado Influenciador Digital e titular do +Admirado Programa de Áudio/Rádio, fala da importância dos fatos marcantes da história: “Chega a ser emocionante visitar o Morro dos Guararapes. É como se voltássemos ao tempo”.
Ligado na história passada e na história presente, Jorge Moraes não está vendo com bons olhos o andamento da política nacional. Na sua visão há muita confusão, muitas indefinições e isso quem paga o pato é o cidadão comum, o analfabeto, o semianalfabeto, o desempregado.
Pra Jorge, um só mandato de 5 anos “seria o suficiente para um presidente implantar suas ideias de governo. No máximo, 2 mandatos de 4 anos, como nos EUA”.
Dessa forma pensando, Jorge Moraes diz temer que Lula volte a ganhar mais uma eleição. Seria inadequado: “O poder deve ser alternado. Isso é Democracia”.
O governo Bolsonaro é uma droga, é uma surpresa malévola.
O Brasil perde com Bolsonaro.
Os +Admirados da Imprensa Automotiva são os prêmios que Jorge mais destaca na sua carreira gloriosa de jornalista do setor automobilístico.
No decorrer de quase 30 anos de atividade profissional, Jorge tem provocado grandes e radicais mudanças na imprensa especializada em tudo referente a automóveis. Começou refazendo textos que recebia de agências noticiosas de São Paulo, por exemplo. Logo começou a chamar a atenção dos diretores do jornal, pela forma como noticiava os eventos relacionados a área automotiva.
Dali em diante, passou a responsabilizar-se pelo caderno de automóveis do Diário. É praticamente impossível Jorge não se fazer presente em todos os grandes eventos sobre a indústria automotiva, no Brasil ou no Exterior. Em novembro deste ano, ele esteve entre os 4 jornalistas especializados na indústria automotiva cobrindo evento nos EUA. Pois é: hoje Jorge pode estar no Sul, no Sudeste ou no Nordeste brasileiros.
Dentre tantas coisas que já fez no jornalismo, ele destaca dois furos. Primeiro:
Anunciou que o Polo Automotivo Jeep seria instalado em Pernambuco. Também anunciou em primeira mão que o pólo não seria mais instalado no Complexo Portuário de Suape, como era esperado, e sim na Zona da Mata Norte, na cidade de Goiana, ali entre Pernambuco e Paraíba.
Isso, em 2010/2011, mexeu muito com o mercado.
Segundo: A morte do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade (1943-2021), criador da CAOA, foi anunciada em 1ª mão por Jorge. “Carlos Alberto morreu dois dias depois de eu ter falado com ele no hospital”, conta.
Preocupado com tudo que ocorre no setor que tão bem cobre, o Automotivo, diz que a boa notícia que gostaria de dar aos seus leitores é: “A gasolina está tabelada em 5 reais”.
Jorge Moraes é casado com a advogada Flávia, e com ela tem dois filhos.

JORGE MORAES AGRADECE:

“Para mim é motivo de muito orgulho receber todos esses reconhecimentos. É difícil falar quando a alegria toma conta de você, mas eu queria aproveitar este momento para dedicar esses prêmios a duas saudades que nós, enquanto profissionais, vamos ter que superar, que foram as partidas dos meus amigos Daniel e Henrique. Eu sei o quanto eles respeitavam o meu trabalho. É muito gratificante ter nosso trabalho reconhecido. Quando você sai de casa para fazer o bem, para gerar empatia, quando você se blinda contra o mal, você conquista as pessoas de forma gratuita e eu acho que é essa gratuidade que é o segredo do sucesso.

Com esse prêmio, vocês, do J&Cia Auto, reconhecem o bom trabalho do jornalista e do jornalismo. Admirar é, antes de mais nada, respeitar, e esse trabalho que vocês fazem é de respeitar a profissão.
Em um ano pandêmico, como está sendo 2021, estou me sentindo como o Steven Spielberg, com a estante toda cheia de troféus por causa de vocês.”


POSTAGENS MAIS VISTAS