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segunda-feira, 29 de julho de 2019

AINDA O CASO SEVERINA




Salta aos olhos o talento inquestionável dos artistas que apresentam o triste fato real que ficou conhecido no Nordeste, especialmente em Pernambuco, como O Caso Severina (cartaz acima). É incrível o que os atores e atrizes mostram de forma tão original, real e contundente, o drama vivido pela nordestina do Agreste pernambucano, Severina Maria da Silva.
 Assisti o Caso Severina é um desafio que todos nós devemos fazer. Ao sair do teatro, a gente leva a impressão de que o mundo não presta. Severino, o estuprador da própria filha Severina, é o Capeta a forma de gente.
A história começa com um assassino de aluguel matando Severino ás tocadas de facão. A trilha sonora assinada por Luis Carlos Bahia e Luiã Borges tem pontos fortes em várias passagens da história. É trilha fortíssima que dói na alma e no coração, mas necessária para pensarmos e repensarmos na maldade humana.
O cenário em que transcorre a reconstituição e contação do Caso Severina simples, muito simples: quatro cadeiras, cinco atores e atrizes no palco e uma grade e um tapete ou lona representando o chão rachado do fundo o Nordeste brasileiro.
Repito, atenção: é desafio e necessidade cidadã assistir à peça O Caso Severina. Os atores e atrizes que nos passam essa terrível história não são pessoas comuns: são surreais, profundamente surreais. Deus existe. 
O diretor pernambucano Ednaldo Freire, com sensibilidade incomparável, continua fazendo história e valorizando cada vez mais o teatro brasileiro.
No elenco de O Caso Severina estão Mirtes Nogueira, Aiman Hammoud, Maria Siqueira, Giovena Arruda e Carlos Mira.
O roteirista  dessa história é Alex Moletta.

TEATRO DE LUTO

Nas dobras do tempo artista de todos os quilates vão pra não voltar. Bibi Ferreira deixou uma lacuna impreenchível até agora, na arte da representação. Agora é Ruth de Souza quem nos deixa, depois de participar de quase uma trintena de filmes nacionais. Ela foi a primeira atriz negra a subir ao palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1951, com a fama lhe alcançando os calcanhares, ela ocupou a telona interpretando a personagem Divina no filme Ângela, que tinha a cantora Inezita Barroso como destaque. O teatro e os amantes do teatro estão tristes, eu entre eles. Ruth nasceu no dia 12 de maio de 1921, no Rio, e nos deixou após completar 98 anos, 2 meses, 2 semanas, e um dia. Viva Ruth!

Você que não está fazendo nada, que tal assistir Ângela? Clic!



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