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sábado, 13 de março de 2021

INÉDITAS DE ASTOR PIAZZOLLA

Quinta 11 saíram, aqui e ali, notas sobre o centenário de nascimento do argentino de Mar Del Plata Astor Piazzolla, o mais reverenciado bandeneonista do mundo.
Piazzolla gostava muito dos artistas brasileiros e do Brasil.
Certa vez, há 50 anos, ele assistiu a uma apresentação do cantor mineiro Milton Nascimento. Depois foi ao camorim e parabenizou o artista. Feliz com a presença de Piazzolla, Milton disse que também gostaria de assisti-lo no palco. 
O horário do show de Piazzolla coincidia com o horário do show de Milton. Não seja por isso, retrucou o argentino,  "farei uma apresentação só para você numa noite de folga sua".
E assim foi feito. Foi no Rio e todo mundo gostou, porque além de Milton outros craques da nossa música  lá também estiveram, como Nana Caymi e Chico Buarque.
Uma vez, lá no finzinho do século passado, Dominguinhos contou-me da alegria que teve ao receber um telefonema de Chico pedindo autorização para incluir uma música dos dois. Foi engraçado, disse Dominguinhos, "eu já nem me lembrava da música que eu tinha feito com ele".
A música era Xote de Navegação (1998).
Nessa mesma ocasião, e no correr do programa São Paulo Capital Nordeste que eu apresentava na Rádio Capital AM 1040, revelou-me: "o Chico é um cara interessante. Veja você, ele outro dia me disse que o Piazzolla tinha lhe mandado uma fita K7 com músicas pra serem letradas".
Até hoje Chico não letrou música nenhuma de Astor Piazzolla.
A parceria de Chico e Dominguinhos foi resultante de uma fita que Dominguinhos deixara com ele.

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