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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

BOLSONARO DE BICO CALADO

Decreto governamental põe Pernambuco em estado de silêncio.
O motivo disso é a Covid-19 que tem engolido milhares de pernambucanos.
A pandemia provocada pelo Novo Coronavírus assusta o mundo, desde o começo do ano passado.
Mais de 50 países estão vacinando seus cidadãos. Uma recente foi a Turquia, berço da antiguidade.
É da Turquia Paulo, Saulo (perseguidor mortal dos cristãos), que virou santo: São Paulo.
É de São Paulo a autoria de 13 epístolas do Novo Testamento.
O presidente da Turquia convocou hoje 14 a Imprensa, incluindo a televisão, para mostrar o braço sendo espetado por uma agulha levando a vacina da CoronaVac.
Isso me fez lembrar Boris Johnson, 1º ministro do Reino Unido, dizendo em julho ou agosto que é louco quem não aceita vacinar-se contra o Novo Coronavírus.
E ouço agora, agora pouco, notícia dando conta de que o Papa também estendeu seu braço à vacina contra o mal que está matando o mundo.
Enquanto isso, o irresponsável presidente brasileiro recém saído das urnas fica na moita. Nada diz, diante da tragédia terrível que se multiplica no nosso País. E no mundo.
O silêncio é grave. É gravíssimo. Não só em Pernambuco. Mas em Brasília.
Há uma confusão dos infernos no centro do poder brasiliense.
O pau mandado da vez é o general intitulado do Ministério da Saúde, mais enrolado do que rabo de porco. Fala com petulância, recusando-se a falar como ser civilizado perante jornalistas curiosos e preocupados com o que sai da sua boca. Enfim não há ainda sequer um plano nacional de vacinação. E isso é grave.
O titular do Ministério da Saúde disse ontem que um avião estava saindo do Brasil pra buscar 2 milhões de vacinas na Índia. Errou. Seu Ministério corrigiu que sairia hoje 14. Não saiu. A empresa do avião, Azul não-sei-quê, sairá amanhã 15.
Pois é, o ministro e o Ministério estão mais perdidos do que cego em tiroreio.
Eu disse cego?
Eu sei o que digo, embora sem luz nos olhos.
O silêncio de Bolsonaro sobre as questões mais importantes do Brasil é tão grave quanto o silêncio da procissão do Bonfim, tradição religiosa de séculos.
A procissão do Bonfim não saiu nesse ano de tristeza e morte.

A BELA HISTÓRIA DE CAJU E CASTANHA, EM CORDEL


José Albertino da Silva tinha 12 anos de idade quando chamou a atenção do prefeito de Jaboatão dos Gruararapes, Severino Claudino. 
José Albertino não estava só, na ocasião, fazia-se acompanhado do irmão José Roberto da Silva, de 7 anos. 
Os dois Josés tocavam e cantavam emboladas de improviso, cercados de pessoas que os aplaudiam. 
O prefeito, encantado com o que via, convidou os meninos para um lanche e tal. Deu-lhes algum dinheiro e um papel onde escreveu o endereço, recomendando que os procurassem. 
A vida desses pequenos Josés começou a mudar naquele momento. De imediato ganharam um apelido que se transformou no nome artístico de ambos, Albertino (Caju) e Roberto (Castanha).
Muito rapidamente Caju e castanha chamara a atenção de outras pessoas que neles apostavam num futuro de arte. Entre essas pessoas, a cineasta Tânia Quaresma. 
Tânia estava desenvolvendo as filmagens do documentário Repente, Cordel e Canção (1975).
Belíssimo. Deste documentário participaram, além de Caju e Castanha, o Cego Oliveira e Zé Ramalho, que despontava nas paradas como Zé Ramalho da Paraíba. 
Não demorou muito, os jovens irmãos rumaram em direção à capital paulista. Nessa cidade, depois de comerem o pão que o diabo amassou, conheceram o compositor, violeiro e produtor musical mineiro Téo Azevedo. E logo lançaram um disco, LP, intitulado Embolando na Embolada (Ao lado).
A história de Caju e Castanha é uma história de luta, alguma tristeza e muita alegria. 
Além de Téo Azevedo, a dupla conheceu muitos outros artistas e produtores musicais. 
Rolando Boldrin e Lima Duarte deram um impulso fantástico à carreira da dupla, no extinto programa Som Brasil (TV Globo).
A história de Caju e Castanha virou filme e, agora, folheto de cordel assinado pelo cantor e compositor Luís Wilson, apresentador do programa dominical Pintando o Sete (Rádio Imprensa, FM 102.5).
O folheto de Wilson é um folheto muito bonito, muito bem escrito, em sextilha (acima).
José Albertino da Silva e José Roberto da Silva nasceram em Jaboatão, município distante 17km da capital pernambucana, Recife. 
Caju morreu em 2006. O seu lugar foi preenchido pelo sobrinho, Ricardo Alves da Silva. Chamado, intimidade, de Cajuzinho. 
Téo Azevedo compôs e Caju e Castanha gravaram uma música falando do programa São Paulo Capital Nordeste (Rádio Capital AM 1040) que apresentei durante quase 7 anos. Os dois participaram várias vezes desse programa. Para lembrar, clique: 
 



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