Carmélia Alves foi uma mulher incrível. Embora imitasse no início da carreira Carmen Miranda, Carmélia conseguiu destacar-se na música brasileira como uma das maiores vozes. Cantava lindamente. Depois que achou a sua própria voz, o seu timbre, aí ninguém mais a segurou. E não dá para compará-la a ninguém, nem à Dalva de Oliveira ou à Elis Regina. Foi grandona, mesmo! Não à toa tráfegos com extremo desembaraço nos ritmos e gêneros musicais que abundam no nosso país.
Gostava de ler. Érico Veríssimo era um de seus grandes autores. Gostava da música erudita: Bahr, Beethoven…
Não foram poucos os discos que Carmélia gravou. Dezenas, dezenas. Seu repertório é extenso. E cantava onde tinha gente pra ouví-la. Gravou discos em vários países: na Rússia, Alemanha, Itália, EUA, Argentina, Uruguai (onde gravou um belíssimo LP), Portugal, África e tal.
Divulgando o baião e outros gêneros de nossa música, Carmélia apresentou-se em dezenas e dezenas de países com Jimmy a seu lado. Levou a sério o "título" de rainha do baião dado por Gonzaga. Fez muito sucesso. Músicas que gravou continuam gravadas no inconsciente popular. Exemplos: Sabiá na gaiola, Trepa no Coqueiro…
A minha filha caçula Clarissa ama até hoje Sabiá na Gaiola…
E o tempo passou. Passando o tempo, no programa São Paulo Capital Nordeste que eu apresentava na Rádio Capital (AM 1040), num momento só és que eu estou lado a lado, ou no meio, com as rainhas Marinês, Carmélia e Anastácia.
De Gonzaga e parceiros, Carmélia gravou muitas músicas. E de Hervê também, até um LP só com músicas dele. Isso em 1959. Nesse ano, o
radialista Cezar Ladeira fez um rádio teatro abordando a vida de Carmélia e Jimmy. Título: Amor de Sua Vida. O único registro desse programa se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, num disco nunca levado comercialmente à praça.
O Brasil precisa dar mais atenção aos seus artistas, não é mesmo?
Carmélia Alves Curvello morreu no Retiro dos Artistas, no Rio, abandonada, no dia 3 de novembro de 2012.
Jimmy Lester morreu no dia 13 de novembro de 1998.
Viva a rainha de todos os baiões, do samba ao frevo!
LEIA MAIS: FESTA NO CÉU COM O REI E RAINHA DO BAIÃO • CARMÉLIA DE BAIÃO TAMBÉM ERA DO FREVO • REIS DA MÚSICA CANTAM SÃO PAULO • AINDA CARMÉLIA ALVES
Gostava de ler. Érico Veríssimo era um de seus grandes autores. Gostava da música erudita: Bahr, Beethoven…
Não foram poucos os discos que Carmélia gravou. Dezenas, dezenas. Seu repertório é extenso. E cantava onde tinha gente pra ouví-la. Gravou discos em vários países: na Rússia, Alemanha, Itália, EUA, Argentina, Uruguai (onde gravou um belíssimo LP), Portugal, África e tal.
Divulgando o baião e outros gêneros de nossa música, Carmélia apresentou-se em dezenas e dezenas de países com Jimmy a seu lado. Levou a sério o "título" de rainha do baião dado por Gonzaga. Fez muito sucesso. Músicas que gravou continuam gravadas no inconsciente popular. Exemplos: Sabiá na gaiola, Trepa no Coqueiro…
A minha filha caçula Clarissa ama até hoje Sabiá na Gaiola…
E o tempo passou. Passando o tempo, no programa São Paulo Capital Nordeste que eu apresentava na Rádio Capital (AM 1040), num momento só és que eu estou lado a lado, ou no meio, com as rainhas Marinês, Carmélia e Anastácia.
De Gonzaga e parceiros, Carmélia gravou muitas músicas. E de Hervê também, até um LP só com músicas dele. Isso em 1959. Nesse ano, o
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O Brasil precisa dar mais atenção aos seus artistas, não é mesmo?
Carmélia Alves Curvello morreu no Retiro dos Artistas, no Rio, abandonada, no dia 3 de novembro de 2012.
Jimmy Lester morreu no dia 13 de novembro de 1998.
Viva a rainha de todos os baiões, do samba ao frevo!
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Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora.