Seguir o blog

domingo, 26 de março de 2023

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (2)

Na literatura popular se acham definições no mínimo engraçadas para o cidadão que é premiado com chifres pela mulher. Exemplo:
O Corno Ateu: Aquele que leva chifre, mas não acredita;
O Bravo: Aquele que quando é chamado de corno, quer brigar;
O Bateria: O que vive dizendo," Vou tomar uma solução";
O Cebola: Quando vê a mulher com outro, chora;
O Vidente: Aquele que diz "Eu já sabia";
O Cigano: Aquele que toda vez que leva chifre, muda de bairro;
O Famoso: Aquele que por onde passa, é reconhecido como tal;
O Fofoqueiro: Aquele que leva chifre e sai contando para todo mundo;
O Frio: O que leva chifre e não esquenta;
O Iô-Iô: O que vai mas volta;
O Matemático: O que vê a mulher fazendo 69 com outro e vai para o bar tomar uma 51, pois enfim ninguém é de ferro.
A poesia publicada em cordel não foi inventada por brasileiros. Referências há desse tipo de poesia desde a Idade Média.
Muitos autores clássicos tiveram e ainda têm partes da sua obra adaptada para folhetos. Caso de Giovanni Boccaccio. Que viveu no século 14. É dele a obra-prima Decameron. Dessa obra são extraídos textos para a adaptação. Exemplos: Chifre com Chifre se paga e o Homem que foi ao Inferno e Voltou Chifrudo.
São muitas as piadas em volta do corno. Uma delas trata de um sujeito tentando pular de um prédio pra se matar. Lá embaixo a mulher diz: “Para, não pula! Eu pus cornos em você e não asas!”.
A vida é uma comédia. VEJA: O TOMÉ DE SOUZA DE ZÉ LIMEIRA

Foto e ilustração por Flor Maria e Fausto Bergocce.

POSTAGENS MAIS VISTAS