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quinta-feira, 7 de julho de 2022

VIVA A SANFONEIRINHA FRANCINE MARIA!

 
Anninha, Anna Clara, por telefone me perguntou se eu estava bem. Eu disse sim. "Sua voz está esquisita", ela disse.
Eu acabara de ouvir a menina sanfoneira Francine Maria, 14 anos. Linda. O meu ouvido adorou. Emocionei-me,
Estande Cordel e Repente, na
26ª Bienal Internacional do Livro de SP
claro. E foi aí que Anninha me pegou. 
Sou paraibano e gosto do que é bom. Essa menina sanfoneira, sanfoneirinha, fez-me lembrar os tempos de menino na minha terra. Nas feiras livres, de Alagoinha. Sou de João Pessoa, PB.
Poxa vida!
Em Alagoinha eu tive os primeiros contatos com cantadores e cordelistas.
Ouvir a menina Francine me leva a crer que o Brasil tem jeito, futuro. E como ela canta bem, canta bonito, com tanta espontaneidade! Ela mostrou isso no programa The Voice Kids, da Globo (acima). Arrasou. Perdeu para um menino cego.
Eu tomei conhecimento da existência de Francine Maria na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Nessa Bienal, que rolará até domingo 10, a presença da cultura popular é forte. 
Artistas do povo como Costa Senna, continuam marcando presença. 
Klévisson Viana, Rouxinol do Rinaré, João Gomes Sá, Cacá Lopes e Luiz Wilson e muitos, muitos continuam fazendo o que sabem fazer: arte.
A Bienal do livro é vitrine pra quem sabe o que faz no campo das artes e da literatura.
Cacá arrasou e continuará arrasando com seu violão e voz, até domingo 10.
Ao lado de Cacá, Luiz Wilson.
Luiz Wilson é cordelista e titular do programa Pintando o 7, no ar todos os domingos das 10h às 13h, na rádio Imprensa (FM 102,5).
A Bienal do Livro serve pra muitas coisas, inclusive para mostrar a arte popular.
Na Bienal do livro, há livros e autores importantíssimos.
Eu não sei quanta gente já passou pela 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, mas saber que o público infanto-juvenil é presença forte já me leva a crer que há um futuro razoavelmente bonito para o nosso País. Ilustro isso pondo como exemplo o menino Murilo, de 13 anos de idade. Paulistano.
Murilo adora ler. Olhe ele aí:

FRANCINE MARIA 

Amanhã 8 o radialista Carlos Silvio vai entrevistar a menina Francine Maria. Live. Vai ser bonita a conversa. Pra quem não sabe, e já é hora de saber, Francine é paraibana de uma cidade chamada Ibiapina. Essa cidade tem a ver com o padre cearense Ciço, Padim Ciço.

A BIENAL DAS MULTIDÕES

“Eu nunca vi tanta gente reunida num evento só”, disse o cordelista Klévisson Viana.
O radialista baiano Carlos Silvio, vai na mesma linha: “É muita gente, de fato. É um evento de encher os olhos e esvaziar o bolso, pois por cá está tudo muito caro”.
Klévisson e Silvio referem-se à 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, aberta ao público às 10 horas de sábado 2 no Expo Center Norte.
A Bienal reúne 500 editoras distribuídas em 182 estandes e espaços culturais como Cordel e Repente, que tem à frente Klévisson Viana e o apoio de várias editoras. “A Câmara Brasileira do Livro, CBL, está nos dando muito apoio”, diz Klévisson.
O presidente da CBL, Vitor Tavares, diz esperar um público de 600 mil pessoas. Mas é quase certo que esse número já passou. Pode chegar à casa do milhão.
A 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo tem nesta edição nomes famosos como o criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa; o filósofo Sérgio Cortella; o historiador Darlan Zurc; o cantor e compositor Tom Zé e os jornalistas Míriam Leitão e Laurentino Gomes.
Maurício e sua turma provocaram grandes filas na Bienal, deixando o famoso desenhista todo pimpão. “Os meus personagens são baseados em histórias reais, histórias que me contam ou que eu mesmo vivi”, conta.
A Cortez Editora, além de Cortella, está lançando 4 novos títulos: As Aventuras do Monge Tantan; Mãe, pode levar?; O estranho dia de Zacarias; Diferentes Sim. Desiguais, jamais! e Didática Sensível, contribuição para a Didática na Educação Superior.
Darlan Zurc, que está lançando o livro A Fúria de Papéis Espalhados, diz que está entusiasmadíssimo: “Essa é a primeira vez que participo de um lançamento de livro meu num evento tão importante como esse”.

À esquerda: João Gomes de Sá, Klévisson Viana e Carlos Silvio. Ao centro: Darlan Zurc

O bom baiano Tom Zé, por sua vez, está tendo um livro lançado sobre a sua
trajetória na música popular: Tom Zé, O Último Tropicalista, de Pietro Scaramuzzo (Sesc).
Miriam Leitão, jornalista de grande prestígio, também estará na Bienal no próximo sábado 9 lançando mais um livro: A democracia na armadilha — crônicas do desgoverno (Intrínseca). Além dela, outras duas jornalistas,vão estar na Arena Cultural da Bienal discutindo problemas atuais que vivem o Brasil e o mundo: Daniela Arbex e Ilze Scamparini.
Laurentino, que já vendeu em 10 anos cerca de 3,5 milhões de títulos, está lançando o último volume da trilogia Escravidão.
Entre os autores internacionais se acham: o português Valter Hugo Mãe, a moçambicana Paulina Chiziane, o norte-americano Nathan Harris e a espanhola Elena Armas.
Além dos nomes até aqui citados, há muitos outros nacionais como Rouxinol do Rinaré, Itamar Vieira Jr, Ailton Krenak, João Gomes de Sá e Moreira de Acopiara, que lançou um novo livro: Lampião na Trilha do Cangaço.
Na enormidão do Expo Center Norte há espaço para crianças e deficientes se
Moreira de Acopiara, na Bienal
divertirem.
Num desses espaços havia contadores de histórias para cegos e surdos. Entre esses contadores, Andréia Aparecida da Silva Queiroz e Larissa Purvinni.
Uma das publicações que mais despertaram a curiosidade da petizada foi Dorinha e a Turma da Mônica — Brincando pelo Brasil, em braille e com belíssimas ilustrações.
Braille é uma linguagem para cegos, criada no século 18 pelo francês Louis Braille.
Fora brincadeiras e contação de histórias, artistas populares do Nordeste deram a sua graça como a menina sanfoneira Francine Maria. “Ela faz um forró arretado! É encantadora”, diz Carlos Silvio que saiu da Bienal levando leitura para o filho Murilo.
Klévisson Viana, autor de muitos livros e centenas de folhetos de cordel, está lançando A Mala do
Francine Maria
Folheteiro (Editora Tupynanquim). “Esse livro reúne alguns trabalhos que publiquei originalmente em folhetos e também poemas inéditos. Foi apresentado pelo brasilianista norte-americano Mark Curran”, é Klévisson falando.
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo teve origem em 1951, com o título: Feira Popular do Livro. Essa Feira começou na Praça da República, no centro da Capital paulista e em 1956 teve sua última edição no Viaduto do Chá.
Naquele mesmo ano, o mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967) lançava o seu livro mais famoso, Grande Sertão: Veredas.
Em 1961, com apoio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a Feira virou Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas. A ideia era divulgar livros, editores e autores, naturalmente. Em 1970, sem o apoio do Masp, a Bienal ganhou o nome que tem hoje: Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
A Bienal deste ano é dedicada a Portugal.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve pessoalmente prestigiando o evento. Enquanto isso, o presidente do Brasil achava-se sabe-se lá onde!
Curiosidade: Pesquisas indicam que um brasileiro lê dois ou três livros por ano. Ai, ai, ai.
No repertório da nossa música popular há vários títulos que tratam de literatura. Exemplo: O Livro, de Tereza de Fátima Rodrigues de Carvalho e Eduardo Pacheco de Carvalho. Ouça: https://youtu.be/hyxlaVnfUH4
Tom Zé está lançando um novo álbum, contendo 11 faixas. Dentre essas: A Língua Brasileira. Ouça também: https://youtu.be/MtnyOboxCYk E por não ter lá muito o que fazer, fiz:


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