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sábado, 14 de abril de 2018

CANTOS INTERMEDIÁRIOS DO VANDRÉ


Na próxima sexta-feira, deverá sair a público a segunda edição do livro Cantos Intermediários de Benvirá,que reúne poesias do autor Geraldo Vandré. Esse livro foi publicado, originalmente, no Chile de 1973. Nele se acham curiosidades como a primeira versão da letra de Disparada, enorme, diga-se de passagem. Essa edição é patrocinada pelo governo do estado da Paraíba e será distribuída gratuitamente.

Depois de muitos anos, Geraldo Vandré apresentou-se num palco da Paraíba. Isso ocorreu nos dias 22 e 23 de março passado. O público, de todas as idades, o recebeu de coração e braços abertos. Foi uma troca de emoções, tanto do artista como da plateia. E ele cantou Caminhando, acompanhado por todas as vozes presentes, algo em torno de 600 em cada dia.

Geraldo fez-se acompanhar da Orquestra Sinfônica do Estado da Paraíba, regida pelo maestro Luiz Carlos Durier, e pelo Coral Sinfônico. As composições apresentadas, em tom sinfônica, foram Canta Maotina, À Minha Pátria (Pátria Amada, Idolatrada, Salve, Salve, que venceu o Festival de Água Dulce, no Peru, em 1972) e Fabiana, além de peças para piano interpretadas por Beatriz Malnic.  Os arranjos dessas obras foram feitos pelo músico Jorge Ribbas, que há muitos anos dirige um conservatório musical em Campina Grande.

Eu não estive presente ao concerto de Vandré em João Pessoa, pois tudo ocorreu em João Pessoa. Mas o colega jornalista Vitor Nuzzi esteve e narrou-me o que viu e o que sentiu. Nas suas palavras: "Realizei um sonho, bater palmas para Vandré em um palco. Eu e alguns amigos testemunhamos um momento que entrará para a história da música e da cultura no Brasil".

Sonho igual ao do Vitor certamente alguns milhões de brasileiros também gostariam de realizar.

Vitor Nuzzi é o autor do livro Geraldo Vandré - uma canção interrompida, lançado primeiramente de modo independente (100 exemplares) e depois pelo selo Kuarup. Vandré leu e disse, depois, não ter apreciado muito a leitura.

Porém – na vida há sempre um porém, como dizia o autor e ator Plínio Marcos –, em João Pessoa, depois do concerto, em conversa pessoal, disse, segundo Nuzzi, que das biografias até agora publicadas era a "razoavelmente mais honesta".

Geraldo Vandré continua sendo o que sempre foi: um grande artista da música. Um autor que jamais negou suas origens, sua arte. E a pensar: por que Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Sérgio Ricardo nunca gravaram nada dele, Vandré? Gil até que chegou a gravar, mas a única composição que ambos fizeram juntos, com Torquato (Rancho da Rosa Encarnada).

Os brasileiros que amam o Brasil amam Vandré. Isso é fato.

A segunda edição do livro Cantos Intermediários de Benvirá já está sendo disputada a pau.

Ah!, ia me esquecendo. O colega e jornalista Vitor Nuzzi escreveu um belo texto sobre o que viu e ouviu em 22 e 23 de março. Leia: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/138/geraldo-vandre-reencontro-e-desencontro-com-a-arte-e-seu-pais-1

PAIXÃO SEGUNDO CRISTINO

No dia 12 deste mês, completaram-se 50 anos da primeira apresentação pública da Paixão segundo Cristino, composta por Vandré a pedido dos dominicanos. O tempo era brabo: 1968. Leia também: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2019424485045126&id=100009327822194






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