Seguir o blog

sexta-feira, 3 de julho de 2020

POLÍTICA E LAMPIÃO


A corrupção é um mau de todos os tempos, desde o tempo antigo.
A corrupção é que nem unha encravada e ambas fazem mal ao tecido humano, como a má política.
Não foi à toa que o Império Romano desabou dos seus alicerces.
Não foi à toa que Caim matou Abel e Cristo se lascou perante Pilatos, que lavou as mãos para não se envolver numa questão puramente humana.
A história de estudo que o homem faz contra si e contra o próximo.
E o próximo sou eu, você, o vizinho...
O que faz um homem vender-se? É claro que tudo quanto é jornalista já suspeitava dos rolos do Serra.
Os estrangeiros que invadiram o Brasil, de portugueses a holandeses, levaram o que puderam dessas nossas terras ricas primeira e originalmente habitadas por índios, seus verdadeiros donos.
Restam poucos índios no Brasil. Vergonha na cara, também.
O atual Presidente incentiva assassinos transvestidos de garimpeiros e madeireiros a acabar com o que resta de índio.
Os bandeirantes dos séculos 16, 17 e 18 viraram heróis e o bando de lampião, bandido.
No tempo de Lampião o homem mostrava a força que tinha contra o outro, em briga pela sobrevivência. Era olho no olho. Pisou na bola, morreu.
Quem é mais bandido, o Serra ou Lampião?
A Câmara e o Senado estão cheios de bandidos, gente perigosa que não mata como matava Lampião...
Covardes, matam o povo atacando o Erário público, na calada da noite e até a luz do dia.
Nesses tempos loucos de pandemia provocados pelo novo Coronavírus, muitos são os políticos que a Justiça deveria dar cabo, e rápido.



CANTORIA NOS TRENS DO METRÔ


Da esquerda para direita: Diogo e Urbano, Vito e José

Demorou um pouco, mas valeu a pena: Vito Antico chamou a atenção da banca da Pontifícia Universidade Católica, PUC-SP, e ganhou nota dez no trabalho de conclusão de curso, TCC, que teve como tema, a atividade dos vendedores ambulantes e músicos anônimos que ganham a vida tocando e cantando nas ruas e nos vagões do Metrô de São Paulo.
A apresentação do TCC foi na noite de quarta 1, de modo remoto.
O trabalho intitulado Nas Esquinas dos Vagões Canibais durou cerca de um ano até ser concluído.
Vito, paulistano de 23 anos, entrevistou dezenas de personagens para formatar o texto que encantou o orientador-professor Diogo de Hollanda Cavalcanti, e os integrantes da banca José Paulo Florenzano e Urbano Nobre Nojosa, também professores da PUC.
O professor José Paulo ressaltou a forma como Vito captou o cotidiano dos seus personagens:
"Os vagões vão se fechando, um atrás do outro pela linguagem férrea que só o escalpe engrena. Deles, cabe o entendimento fluente de um idioma, um atrás do outro pelos salves feirantes somáticos de um arranjo dos dias, o cotidiano de nós.
Ainda se vão as tardes.
E a noite se espera.
Mas nada, realmente, termina"
Por sua vez, o professor Urbano Nobre lembrou a Vito Antico, que o jornalismo é uma prática do presente em que o repórter atua como um fio condutor da cultura e da sociedade. Por isso mesmo, muito importante.
Pois é, e mais, a história se nutre da reportagem como fonte de pesquisa. E viva o Jornalismo!
As origens do vendedor ambulante ou camelô datam de muito tempo.
Estudos indicam que essa figura vem do século XII e ganhou pernas nas ruas de Paris. E que sua presença no Brasil já era notada nos fins do século XIX, pelo nosso primeiro grande repórter: João do Rio (1881 - 1921).
No livro, A Alma Encantadora das Ruas (1908), João mostra como sobreviviam as pessoas despossuídas e desempregadas que se encontravam na venda de pequenos produtos o meio de manterem-se sem morrer de fome.
Hoje, no município de São Paulo, há cerca de 50 mil vendedores ambulantes lutando pela vida nas ruas e avenidas.
A maioria dessas pessoas, homens e mulheres, não se acha cadastrada pela Prefeitura.
Entre os entrevistados, Vito destaca os MC's Menor (Cauê) e Sávio, que ao correr dos trens, cantam e improvisam temas do dia a dia, o que quase sempre surpreende os passageiros. Dessa forma é que eles ganham o seu sustento.
Os MC's Sávio e Menor em ação no Metrô
Depoimento de Menor, 16 anos:
"E mano, eu tinha catorze... treze anos quando eu conheci o rap, e automaticamente minha vida mudou. Eu literalmente saí da bolha pro mundo, pra realidade que a gente consegue enxergar, porque o mundo é o que a gente enxerga né?! E a partir desse momento eu acabei abandonando muito a minha ignorância pra abrir caminhos para outras fitas, tá ligado? Mais pra minha humildade, simpatia e convívio assim com outras pessoas."
Sávio, cinco anos mais velho do que o Menor, contou um pouco da sua vida ante de encarar os trens do Metrô como área de trabalho: "Eu trampava no Brás, me matava, aí falei assim, acho que vou sair daquele trampo, vou tentar, tá ligado? Ver como que é... Carregava caixa pra porra, pra ganhar o quê? Mil e duzentos, mano. Se você for ver, não é nem cinquenta conto por dia... E cinquenta conto nóis faz, mano."
Depois de ler o texto de Vito e o depoimento dos entrevistados, Diogo de Hollanda fez questão de lembrar da importância do papel do professor na universidade. Aí é que faz-se necessário um mergulho profundo no trabalho, no pensar, do aluno. E aproveitou para dar parabéns e desejar um belo futuro ao novo jornalista.
Eu e os colaboradores do Instituto Memória Brasil, também dão a Vito, as boas vindas à profissão.
Quem também gostou da performance de Vito no TCC, foram seus familiares mais próximos: a avó, a mãe, a tia, a irmã e a namorada, respectivamente, Dona Giovanna, Carla, Claudia, Anna e Beatriz.
Um recadinho para Vito, leia muito, leia muito, leia muito!
E mais: jornalista sem curiosidade não existe.
Fica aqui o meu recado.


Você, meu amigo, minha amiga, já ouviu falar do Instituto Memória Brasil, IMB?
Clique e aproveite para se inscrever no canal do Assis Ângelo: https://institutomemoriabrasil.com.br/




POSTAGENS MAIS VISTAS