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domingo, 15 de maio de 2022

O RÁDIO CHEGOU PARA FICAR (2, FINAL)


Os comediantes
José Vasconcelos
e Zé Fidelis

No rádio começaram grandes artistas, incluindo humoristas como Zé Fidelis, José Vasconcelos, Lauro Borges e Castro Barbosa.
Zé Fidelis, pseudônimo do paulistano Gino Cortopassi, começou a carreira no programa Cascatinha do Genaro, na antiga rádio Cruzeiro do Sul (SP).
O acreano José Vasconcelos, de batismo José Thomás da Cunha Vasconcellos, começou a fazer gracinhas na rádio Clube do Brasil. Corria o ano de 1942. Marcou época imitando todo mundo, principalmente radialistas e cantores.
Lauro Borges era paulistano, nascido no bairro de Santa Ifigênia.
Castro Barbosa era mineiro, do município de Sabará.
A dupla Lauro e Castro estreou em 1944, na extinta rádio Mayrink Veigas (RJ). O programa mais famoso dos dois foi PRK-30, que chegou a ocupar faixas de LPs.
O rádio como veículo de grande popularidade levou ao trono cantores e cantoras, chamadas reis e rainhas do rádio. Entre esses Chico Alves, Orlando Silva, Cauby Peixoto; Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Marlene, Ângela Maria e Dóris Monteiro.
Os reis e rainhas do rádio eram “eleitos” por votação popular, a partir de cupons extraídos principalmente da Revista do Rádio.
A Revista do Rádio foi criada em 1948 e durou até 1970, quando passou a circular com o título alterado para Revista do Rádio e TV.
Além da Revista do Rádio, outra revista foi criada para registrar os ocorridos no meio radiofônico: Radiolândia, que 10 anos depois passou a intitular-se TV Radiolândia.
Curiosidade: Zé Fidelis arrancou muitas risadas ao fazer o que chamou de transmissões malucas. José Vasconcelos, também. Ótimas as imitações que fez de artistas e radialistas. O LP Eu sou o Espetáculo é impecável.
Quanto a Lauro Borges e Castro Barbosa, é desnecessário dizer que continuam inimitáveis. Ouçam: PRK-30
Foi o rádio o veículo que primeiro criou programas de calouros e auditório.
Foi no programa de calouros de Ary Barroso que o pernambucano Luiz Gonzaga apresentou-se pela primeira vez. Foi gongado.
Lugares para participar de programas de auditório da rádio Nacional eram disputadíssimos.
Para melhor entender essa história toda, sugiro que leiam o livro Música Popular: do Gramofone ao Rádio e TV, de José Ramos Tinhorão.
Não custa lembrar que o rádio foi a mídia que registrou grandes momentos da nossa história e personagens como Monteiro Lobato.
Em toda a sua vida, Monteiro Lobato usou os microfones de rádio uma ou duas vezes. A última ao repórter Murilo Antunes Alves (1919-2010), da rádio Record. Corria o ano de 1948. Dois dias depois da entrevista, Lobato morreu.
Os repórteres de rádio continuam dando furo, o que é muito bom para a democracia.
Meu amigo, minha amiga, você sabe quem criou a expressão radialista?
A expressão radialista foi criada pelo paulista de Jundiaí Nicolau Tuma (1911-2006).
Comecei a fazer rádio em João Pessoa, PB. Primeira emissora: Rádio Correio da Paraíba. Em São Paulo fiz as rádios Atual, Mulher, Jovem Pan, Capital e Trianon.
Sexta 6 estive na Trianon, ao lado de Téo Azevedo. Fomos entrevistados por Pedro Nastri. Acompanhe: SARAU DA TRIANO
Domingo 15, ali pelo meio dia, Téo Azevedo e eu estaremos proseando com o cantor, compositor e apresentador Luiz Wilson.

OUÇA:


Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora

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