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quarta-feira, 10 de março de 2021

DONA LINDALVA, UMA CIDADÃ

A professora Lindalva com seus alunos
numa feira de ciências

Com todos os defeitos que possam ter o SUS,  Sistema Único de Saúde, sem ele o Brasil estaria na UTI. Até está, mas poderia estar pior.
O SUS foi criado no dia 17 de março de 1986. O governo era Sarney, substituto ocasional de Tancredo Neves (1910-1985).
Tancredo foi um político incrível. Mineiro, do tipo mussun. Escorregadio, técnico, craque. Uma cultura invejável.
Depois de Sarney vieram Collor, Itamar, FHC...
Os presidentes aí citados reforçaram o SUS, dando-lhe a importância precisa.
Lula não tirou dinheiro do SUS, nem Dilma. Temer, ficou na moita, não acrescentando nada.
O Coiso hoje aboletado na cadeira de presidente faz tudo para matar o SUS. Não conseguirá. É bicho pequeno, nem capitão foi, na ação do termo.
Conversa vai, conversa vem, discorrendo sobre questões do nosso país, ouço da professora paranaense Lindalva Cavalcante, radicada em São Paulo desde 1996, opiniões que confirmam a importância do SUS para todos nós."País nenhum tem um sistema de saúde tão bem direcionado ao povo, como o SUS tem", observa dona Lindalva.
Dona Lindalva, no seu linguajar natural, e popular, entende que entende que o Coiso neste momento está agindo como um verdadeiro piá pançudo, como um lumbriguendo, catarrento, tentando detonar o SUS. Ela tem razão.
Mas o Brasil é muito grande, rico, bonito. Nem o Coiso que lá está no Planalto acabará com o nosso País, mesmo tentando detonar o SUS, a Educação, a Cultura e o Meio-Ambiente.
É claro que nós, brasileiros comuns, estamos tristes com o comportamento decepcionante do governo sem governo que aí está.
Dona Lindalva é uma brasileira que sai cedo de casa para ensinar o que sabe aos meninos e meninas de Paraisópolis. Tudo adolescente, construindo uma vida bonita.
Paraisópolis, comunidade localizada na zona sul da Capital paulista, existe desde 1950. A sua população é formada, basicamente, por nordestinos.
Mais de 40.000 pessoas vivem, como podem, em Paraisópolis.
O Coiso que está aboletado na cadeira de presidente da República, precisa entender que o povo merece respeito.
"Estou com o meu braço estendido pra receber vacina, seja ela de onde for".
Além de brasileira, dona Lindalva é cidadã.
Dona Lindalva planta esperança no coração do Brasil.

MORRE O JORNALISTA HÉLIO FERNANDES

Ouvi há pouco Maju dizer no seu jornal da Plim Plim que o jornalista Hélio Fernandes (foto ao lado) havia morrido. Morreu em casa de morte natural.
No decorrer da fala de 1 hora e 23 minutos, Lula falou pra todo mundo sobre a vida difícil que vivem os brasileiros das periferias e do fundão do Brasil. 
Na sua fala, Lula disse que cinema, salas de exposição e parques não são para o povão. O povão trabalha, não se diverte.
Esse foi um jeito dele falar sobre cultura.
Lula incentivou a cultura brasileira no decorrer dos seus 2 governos. Fez o que um bom presidente faria: olhar para os pobres e apostar no desenvolvimento do País.
Incentivos à cultura começaram a ser levados avante no início do governo Vargas, paralelamente ao embrião do Ministério da Educação.
Os artistas da nossa música frequentavam com assiduidade o Catete. E lá cantavam, brincavam diante do presidente. Era uma festa.
Em março de 1985, o maranhense José Sarney criou o Ministério da Cultura. O primeiro titular desta pasta foi o mineiro José Aparecido de Oliveira (1929-2007). Um craque, um mestre da política. Depois teve mais um e o terceiro foi o paraibano Celso Furtado (1920-2004). Outro mestre.
O Coiso que se acha aí aboletado na cadeira de presidente acabou com o Ministério da Cultura, transformando-o numa insignificante secretaria vinculada ao Ministério do Turismo. Também quer acabar com a Educação e o Meio-Ambiente. Os Direitos Humanos pra ele nada valem. É um Coiso, com eu disse.
O Ministério da Cultura é possível acabar, mas a cultura nunca.
Lula incentivou a cultura, popular inclusive. 
Vargas foi o presidente mais lembrado pelos cordelistas, na história. Não, o presidente mais lembrado pelos cordelistas na nossa história foi Lula. Sobre ele, umas três centenas de folhetos foram escritos e publicados.
Nenhum presidente do Brasil inspirou tantas composições musicais como Lula.
Brisola foi muito cantado, mas o número de músicas a Brisola é inferior ao número de músicas a Lula.
É a cultura popular que dá identidade a um país. Eu já disse isso.
Houve um tempo que muitos jornais brasileiros traziam nas edições de fins de semana suplementos culturais, literários, como o Diário Popular, O Estadão e tal.
As edições de fins de semana do jornal A Tribuna da Imprensa traziam um encarte intitulado Suplemento Literário. Anos 70, por aí. Fui colaborador desse suplemento durante bastante tempo. Muitos textos meus eram cortados pela Censura. Aquele tempo, o editor do jornal era o carioca Hélio Fernandes, um profissional que jamais temeu os poderosos de plantão. Pagou por isso, respondendo a muitos processos.
O jornalista Hélio Fernandes era irmão do consagradíssimo Millôr Fernandes (1923-2012). 
Com Millôr só não aprendia quem não quisesse.
Hélio iria completar 100 anos de idade no próximo dia 17 de outubro.
E não custa lembrar: A Tribuna da Imprensa foi um jornal criado pelo ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda (1914-1977), que levou Vargas ao suicídio.
 

LULA ELOGIA A TV GLOBO

 
O pernambucano Lula nasceu com o dom da palavra. É claro no que diz. Fala com naturalidade, ao expor suas ideias.
No decorrer de sua carreira política nunca mediu distância para trocar ideias com interlocutores, fossem de que partidos fossem. Com isso, carreou respeito e admiração de todo o mundo. 
Segunda 8 o ministro Fachin, do STF, tacou fogo nas acusações contra Lula, cancelando-as. 
Ontem 9 a segunda turma do STF, presidida por Gilmar Mendes, pôs em julgamento a suspeição do ex juiz Sérgio Moro nos processos contra Lula. 
Essa movimentação toda em torno do ex presidente da República fez o PT respirar ares que anunciam novos tempos na política brasileira. 
Hoje, depois das 11, Lula fez demorado pronunciamento aos brasileiros, a partir da sede do sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, SP. 
Falou e falou. 
Agradeceu a muita gente, incluindo Martinho da Vila e Chico Buarque. Antes disso também agradeceu ao atual presidente da Argentina e à prefeita de Paris, entre outros apoiadores internacionais. 
Lá pras tantas, no seu pronunciamento, Lula falou sobre quase todos os temas da vida cotidiana. Não esqueceu de atacar Bolsonaro e desclassificar o seu já desclassificado Governo. O Brasil está desgovernado, disse. Criticou a política econômica e o modo como vem sendo tratada a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Quer dizer, voltou com tudo. Falando pelos cotovelos. Não esquecendo sequer de se solidarizar com as famílias dos 270 mil mortos pela Covid. Isso é cidadania e neste ponto, ele é bom.
Disse também estar ansioso para se vacinar. Nesse ponto, recomendou que não se aceite as recomendações cretinas de Bolsonaro e de seu ministro da Saúde. Vacinação em massa é a saída. Para tudo, principalmente para a ecônomia.
Nos últimos instantes da sua fala, transmitida ao vivo por várias emissoras de rádio, Lula afirmou estar se sentindo cada vez mais jovem e pronto pra seguir em frente dialogando com todo mundo. Desistir é uma palavra que não consta do seu vocabulário. 
Disse que o povo não precisa de armas, quem precisa de armas são as Forças Armadas e a polícia.
Lula encerrou sua fala ao 12:57 e dispôs às perguntas dos repórteres que se achavam no sindicato do ABC.
Ah, sim, não custa deixar registrado os elogios que Lula dirigiu à TV Globo. Para ele e para o mundo civilizado é importante que os países tenham uma Imprensa livre.
A política, em qualquer tempo e lugar, muda a cada segundo, como a cada segundo, mudam o movimento e as nuvens do céu.

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