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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

VIVA A ARTE E OS ARTISTAS DO NORDESTE!

O Nordeste é dividido em quatro sub-regiões e ocupa 1.558,196 km2, ou 18,2% dos 8.511.965 km2 do território nacional.
Lá se acha o Polígono das Secas, que é formado pelo Semi-árido, Agreste e Sertão.
Lá também caberiam mais de um Peru, dois Chiles, quase três Franças, quatro Alemanhas, cinco Filipinas, onze Hungrias, quatorze Cubas, dezesseis Portugais, vinte Dinamarcas, mais de trinta Holandas, mais de quarenta Itálias...
Os Estados que o formam, são Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, onde vivem 52.191.238 habitantes, de acordo com dados do IBGE colhidos em 2007.
Além de sua enormidão territorial e populacional, o Nordeste é historicamente grande celeiro de poetas de altíssima qualidade, a exemplo dos nomes aqui reunidos.
Apesar disso, não são muitos os que perduram na memória coletiva, como Augusto dos Anjos, Gonçalves Dias, Castro Alves, Jorge de Lima, Ascenço Ferreira, Carlos Pena Filho e João Cabral de Melo Neto; Zé da Luz, Zé Limeira e Patativa do Assaré.
Digo isto à guisa da seleta que fiz em disco (Poetas Nordestinos dos Séculos XIX e XX) para mostrar a grandeza de poetas nordestinos do passado, como Manoel Moreira, Guimarães Passos, Cristóvão Barreto, Rodolfo Teófilo, Paula Nei, Álvaro Martins, José Carvalho, Raimundo Correia, Joaquim Serra, A. J. Pereira da Silva, Raul Machado, Honório Monteiro, Domingos Magarinos de Sousa Leão, Jonas da Silva, Da Costa e Silva, Auta de Sousa, Ferreira Itajubá e Hermes Fontes, cujas obras, graças a Deus, se acham em domínio público.
Não foi difícil encontrar esses nomes.
Difícil foi localizar as obras deles, espalhadas e nunca reeditadas.
E aí resolvemos interpretá-las para mostrar um pouco a beleza da arte da declamação, praticamente em extinção nos dias de hoje.
Um dos pioneiros dessa forma de expressão foi o pernambucano Luiz Vieira, que em 1953 gravou e lançou pelo selo Todamérica o belíssimo poema, de sua autoria, Se Eu Pudesse Falar, no qual denuncia os problemas centenários decorrentes da seca no Nordeste, que nenhum político ou grupo de políticos (partidos, leiam-se) resolveu acabar até hoje.
O radialista Paulo Gracindo também gostava de declamar.
Muita gente gostava de declamar.
Geraldo Vandré declama hoje como ninguém.
Nos primeiros anos de 1950, o produtor Irineu Garcia criou o selo Festa e fez Cecília Meireles, Carlos Drummond, Cassiano Ricardo, Manuel Bandeira, Murilo Mendes e João Cabral dizer seus próprios poemas.
Por que não retomamos essa bela prática?
Você sabe o que é o INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL?
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