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domingo, 11 de agosto de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (122)

Thérèse Raquin, de Émile Zola, é considerado o primeiro livro “naturalista”. Foi lançado em 1867.

Em 1890, Zola publicou o romance A Besta Humana. É um livro que faz doer página após página. O protagonista, o maquinista de trem Jacques Lantier, parece psicologicamente torturado por um passado inexplicável. Seus ímpetos são fora do comum. Ele está sempre pronto pra matar. Resiste. Desconfia da mulher e sobra pra ela.

Naturalista também foi o jornalista Figueiredo Pimentel (1859-1914), atuante no jornal Gazeta de Notícias, RJ. Nesse jornal assinava uma coluna intitulada Binóculo, que tratava da vida mundana da cidade. Certamente foi o primeiro colunista social do Brasil.

No jornal Província do Rio, sob o pseudônimo Albino Peixoto, Pimentel publicou na forma de folhetim o romance O Aborto com outro título: O Artigo 200 (referência à lei que já proibia o aborto, no Império). Provocou muita polêmica.

Corria o ano de 1889.

O Aborto no formato de livro foi publicado em 1893. Na história a personagem Maroca vive sem amarras, sem dar satisfação a macho nenhum. Tinha 17 anos de idade quando se apaixonou pelo primo Mário que a engravida. No fundo, no fundo, ela diz que gostaria de ser uma “prostituta de luxo”. E aqui, calo-me.

Pimentel é também autor dos romances Um Canalha e O Terror dos Maridos, publicados respectivamente em 1895 e 1896. O tempo passou e Pimentel caiu no esquecimento.


Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora

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