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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O PODER PELO PODER

O fim do mundo é o papa pressionado por seus pares a renunciar; e renunciar.
O fim de tudo sem bolas de fogo rolando ladeira abaixo e matando gentes e bichos todos a um só tempo em cena apocaliptica, como previsto por beatos e beatas de todo canto e há muito tempo e em contos bíblicos, desde auroras outroras, surpreende.
Mas o fim do mundo é o papa renunciar...
O fim do mundo é o apocalipse acontecido sem ninguém notar.
O apocalipse e seus cavaleiros se reume à incompreensão entre terrenos filhos de Deus.
O 16 é o terceiro do Papado a mostrar o fim do mundo, sem fim.
Por quê?
Por que nos bastidores dos ventos passageiros se acham escondidos o caos e o poder pelo poder; assim, de modo puro e simples.
Nem Hitler aguentou o tranco.
Agora o 16 se recolhe à insignificância das gentes e mundo para encntrar, quem sabe, o caminho da própria salvação.
A pensar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OS MISERÁVEIS

O musical Os Miseráveis, de produção britânica, ganhou três estatuetas Oscar na madrugada de hoje, em Los Angeles.  
Anne Hathaway foi premiada como Melhor Atriz coadjuvante merecidamente, pois sua interpretação como Fantine, uma operária desempregada que cai na rua da amargura e vira prostituta para sustentar a filha única Cosette, é excepcional e emocionante.
As outras duas estatuetas foram conquistadas por Andy Nelson, Mark Peterson e Simon Hayes, pela Mixagem de Som; e Lisa Westcott e Julie Dartnell, pela Maquiagem e Cabelo.
O livro que serviu de base para o filme que acaba de ser premiado, dirigido por Tom Hooper, foi lançado em abril de 1862, simultaneamente em várias cidades europeias e também no Rio de Janeiro.
Em Paris, em 24 horas, foram vendidos 7 mil exemplares.
A primeira versão para cinema desse romance do francês Victor Hugo data de 1909, a segunda de 1911, a terceira de 1913, a quarta de 1917...
Em 1958, no Brasil, foi a vez de Dionisio Azevedo dirigir uma versão para o cinema.
A história se passa no século 19.
Nela o autor trata dos dramas da vida, também de lutas, liberdade e glória.
É uma obra-prima, por isso o tempo não a engole.

MISERÁVEIS
Estudos do governo dão conta de que pelo menos 700 mil pessoas caem na pobreza total a cada mês, no Brasil.
Semana passada a presidente Dilma disse que vai ampliar o alcance da Bolsa Família e inserir mais 2,5 milhões de pobres.
Ela quer acabar com os miseráveis.

VIOLÊNCIA
E o caso torcedores na Bolívia, quando semana passada um menino boliviano foi morto por um membro da Gaviões da Fiel, hein?
A propósito, em chamada de 1ª página do jornal Folha de S.Paulo, edição de hoje, lê-se: “A defesa dos corintianos entrarão com novo recurso...”. Pois é, “entrarão”. 
Sei lá, se não cuidam nem da última flor do láscio, de que é que vão cuidar? 

COPA
Pois é, o risco é grande quando se constroi sem planejamento. É isso o que nos diz, com propriedade, o engenheiro Peter Alouche a respeito da Copa que se aproxima. São Paulo tem tudo para dobrar ou triplicar o caos no trânsito, que todos nós tão bem conhecemos. Improviso só no verso do cantador, é ou não é?
CLIQUE:
http://www.youtube.com/watch?v=xPGaQHFgZEw&list=UUKejBxJ8Cqsg7R34SVI2uAA&index=6

domingo, 24 de fevereiro de 2013

IMPRENSA: INFORMAÇÃO E CONTEÚDO

A fuga de leitores de jornais e revistas tem a ver com falta de conteúdo.
Conteúdo é conteúdo, informação é outra coisa.
Uma publicação bonita, bem diagramada, arejada, ajuda a passar a notícia pra frente, girando o mercado, é claro; mas sem conteúdo, os leitores batem asas e vão se embora.
E é exatamente isso o que está ocorrendo agora, como notam, aflitos, editores de revistas e jornalões do País.
Conteúdo é o que intelectualmente acrescenta ao leitor.
Em 67, o baiano Caetano trilhava a ladeira do tropicalismo cantando para perguntar:

O Sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia?
Eu vou...

Pois é, aí está o X da questão: “Quem lê tanta notícia”?
O desafio é trocar “tanta notícia” por reportagens, entrevistas que contentem o leitor.
Aliás, não podemos esquecer que nos anos 50 a revista O Cruzeiro, da rede Associada, batia nas bancas a casa do milhão.
Para se ter ideia do que isso significa, basta dizer que a Veja, hoje, não chega à metade disso.
A conclusão óbvia, portanto, é que a falta de conteúdo é razão para a fuga dos leitores.
Outra é a falta de interatividade.
Jornalismo globalizado dá nisso.
Por que tanta importância e espaço dados ao noticiário internacional, em detrimento ao noticiário local?
Sinceramente?
Não sei.
Talvez seja do poeta português Fernando Pessoa, ou do romancista russo Tolstói, o ensinamento que diz algo como “Se queres ser universal, cantes (falas ou pintes) a tua aldeia”.
Poesia, arte e canto são vias de ensinamento; e ninguém pensa ou fala por estas plagas de preparar futuros leitores e cidadãos. 
O negócio é negócio, ou seja: ir direto ao bolso do consumidor de notícias, inclusive.
E então?
Mas o filósofo canadense McLuhan um dia previu que viveríamos numa tal de Aldeia Global.
Pois é, aí está ela.
Será que ainda dá pra reverter a questão? 

OS MISERÁVEIS
Assisti ontem ao belíssimo musical Os Miseráveis, que é baseado na obra-prima homônima de Victor Hugo. O experiente Tom Hooper é o diretor. Ainda hoje pode ganhar algumas estatuetas, inclusive de Melhor Ator, Melhor Atriz e melhor um monte de coisas.  

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

IMPRENSA E CACHORRINHO DE MADAME

Leitores de jornais e revistas do mundo todo estão em revoada, se alojando nas asas da Internet desde fins dos anos 1990. 
É fato.
É fato também que o rádio, a televisão e, principalmente, a indústria da mídia impressa assustou-se com a WEB - gigante de múltiplos braços, pernas, dedos e cérebros - no primeiro momento e até agora.
A WEB chegou de repente, com a força de um terremoto acenando uma bandeirinha norte-americana que esvoaçava aparentemente ingênua e sem propósitos no redemoinho da ignorância do mundo.
Duas décadas se passaram.
Tonteada, o que fez a indústria impressa?
Nada; preferiu o modo mais fácil de padecer, que é a acomodação.
O resultado é dos mais catastróficos da história desde Gutenberg, que dizem que morreu pobre, pobre, porque nem a patente de sua invenção ele a registrou.
Nem tudo, porém, parece estar perdido; mas que o arrepio é grande, ah! Isso é.
Por iniciativa da Mega Brasil - que é associada à Jornalistas&Cia -, foi à prática ontem no Auditório Mário Henrique Simonsen do Jockey Club, administrado pela BM&FBovespa, no centro da capital paulista, o mote Caminhos da Sustentabilidade: Como as Novas Tecnologias Estão Impactando o Modelo de Negócios na Imprensa, o Fazer Jornalístico e o Relacionamento Com o Mundo Empresarial.
As novas tecnologias têm um nome próprio: WEB, World Wide Web, isto é: rede mundial de tudo que se refere a nosso planeta e às pessoas, de modo geral.
A WEB é a grande revolução dos tempos.
Pois bem, a discussão do seminário durou exatas duas horas e meia e contou com a presença de preparados profissionais à frente de alguns dos principais jornais do País, como Folha de S.Paulo (Sérgio Dávila), Vera Brandimarte (Valor Econômico) e Pedro Dória (O Globo), sob a mediação do ex-editor do Estadão e ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Falou-se de obviedades, como a importância da imprensa no mundo; e que sem a imprensa os governos, quaisquer governos, deitam e rolam e podem até se transformar em ditadores.
Falou-se da queda de assinantes de jornais e revistas, é claro.
Falou-se do mais importante jornal do Japão (Yomiuri Shimbun), que nos últimos anos perdeu cerca de 1,5 milhão de leitores.
Falou-se, inclusive, que para sobreviver os jornais precisam de redações qualificadas etc.
E tudo ou quase tudo isso dito num palavreado bonito e recheado de expressões próprias da língua do esperto Tio Sam, que aos ouvidos do padrão médio brasileiro nos soam um tanto esquisitas.
A Folha, disse o seu representante, procura fugir dos lugares-comuns nos casos de grandes notícias ou tragédias, como renúncia de presidente, papa ou incêndio de proporções como o ocorrido recentemente em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O representante d´O Globo, a respeito da tragédia sulista, disse que seu jornal procurou fazer o mesmo, indo além da notícia e incluindo nas informações a ideia de levar emoção aos leitores. E não à toa, versos do poeta gaúcho Carlos Nejar apareceram ao lado de uma foto que por si só traduzia toda a tristeza que a tragédia provocou.
Pouco antes do término, três profissionais dirigiram perguntas à mesa.
Uma delas do jornalista multimídia ex-Folha e ex-Estadão, Luciano Martins Costa, como um torpedo atingiu o alvo.
Tinha a ver com homogeneidade.
A mesa se mexeu, mas não conseguiu convencer a plateia com a resposta de que não há homogeneidade na imprensa.
Ou seja: tudo continua igual como antes, no quartel de Abrantes.
Uma imagem? 
Vejo a imprensa hoje como um cachorrinho de madame correndo em volta do próprio rabo.
E ainda ouvi alguém dizer que os leitores não têm tempo para ler grandes reportagens.
É o fim.
Pois é, é o fim!
E com isso eu também morro de tristeza, porque jornalismo é a minha profissão.
Orgulho-me de ser jornalista.

BBB13
Acabo de receber informação que o BBB13 bateu recorde ontem à noite, de 31 pontos.
E aí, o que fazer?
E ninguém põe em discussão a importância da educação, para a conquista e retomada de leitores de jornais e revistas.
É preciso plantar.
Quem ler mais sabe mais e não fica nessa bobagem de BBB, por exemplo.

ESPECIAL CÂMARA CASCUDO, clique:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular05.pdf

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O MUNDO PEGANDO FOGO

No começo dos anos 1950, o sanfoneiro Sivuca, o multitudo musical Hermeto e o seu irmão pianista Zé Neto, todos nordestinos albinos e fantásticos, criaram um trio musical que jamais subiu ao palco. 
Nome: o Mundo Pegando Fogo.
Por que lembro isso?
Porque estou achando que o Brasil tá pegando fogo, mesmo.
Por que penso isso?
Vocês não estão vendo o que está acontecendo em Porto Velho, RO?
Pois é, na última madrugada integrantes do PGC deram ordens a seus comandados para tacar fogo em carros e aterrorizar cidadãos comuns que pagam impostos e cumprem seus compromissos perante o Estado.
E o Estado nada faz?
Pobres de nós.

ARRUMAÇÃO E DESORDEM
Como dizia o Barão do Rio Branco: no Brasil, organizados mesmo só o carnaval e a desordem.
No verão paulistano, por exemplo, a chuva tem caído às 4 da tarde.
Aparentemente, isso predominou até segunda última.
Anteontem a chuva chegou com atraso de uma hora, às 3.
E até agora, ansioso, espero a chuva voltar e nada.

OI
Nos últimos cinco dias, a operadora Oi foi multada pela Anatel por não cumprir obrigações perante clientes. As multas lavradas chegam a R$ 39,3 milhões.
Uma pechincha, como se vê.
E ainda diz a empresa que vai recorrer.
Que coisa!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

EM TEMPO DE HOMENAGEM

Sob o auspício dos editores do Anuário Brasileiro de Comunicação Corporativa 2013 (Megabrasil) será realizado na próxima quinta 21, no Auditório Mário Henrique Simonsen, o seminário Caminhos da Sustentabilidade. 
Esse seminário tem por objetivo abrir discussões em torno das novas tecnologias que estão surgindo e impactando o modelo de negócios na imprensa. Quer dizer que há tudo a ver com o exercício jornalístico e, consequentemente, com o relacionamento dessas tecnologias em volta do mundo empresarial.  
O tema é, sem dúvida, pra lá de oportuno nesses dias incertos que vivemos.
Exposição e debates ocorrerão entre às 10 e 12h30, a cargo dos jornalistas Ascânio Seleme (O Globo), Ricardo Gandour (O Estado de S.Paulo (Sérgio Dávila (Folha de S.Paulo) e Vera Brandimarte (Valor Econômico). O mediador será o ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
O Auditório Mário Henrique Simonsen fica no prédio do Jockey Club, à Rua Boa Vista, 280, 11º andar, Centro da capital paulista.
Mais informações com Amanda Castro, pelo e-mail Amanda@megabrasil.com.br
HOMENAGEM
O cantor, compositor e advogado especializado em direitos autorais Jorge Mello, piauiense de Piripiri, 
é uma das oito personalidades que serão homenageadas logo mais à noite em solenidade aberta ao público na sede da Associação Comercial de São Paulo, à Avenida Mário Lopes Leão, 406, em Santo Amaro, 
Distrito localizado na zona Sul da cidade que está completando 461 anos de fundação.
Santo Amaro, com forte presença nordestina, foi fundado dois anos antes da capital paulista, 
em 15 de janeiro de 1552. O artista mora em São Paulo desde dezembro de 1973. Foi aqui, ele diz, “que gravei o meu primeiro LP, Besta Fera (Crazy, 1976), e prossigo no dia a dia dando andamento à minha vida de cidadão e artista”. No referido LP, Jorge Mello, nascido Jorge Francisco de Carvalho Melo, insere a primeira homenagem
 que fez à Sampa: São Paulo Zero Grau, um xote com cheiro de blues.
Salve, Jorge!

RODA DE CHORO - Como previsto, inaugurou-se ontem à noite a roda de música instrumental Tem Alemão no Choro, no Bar do Alemão, fundado há 45 anos por Dagoberto Caldas, um cara que fumava até sete marços de cigarros por dia e morreu um ano depois de deixar de fumar a pedido médico, sem fumar mais nenhum. Vários artistas foram prestigiar o evento, entre os quais as artistas Dona Inah e Socorro Lira. Tocaram lá Barão do Pandeiro, Zé Roberto Figueiroa e Artur (pandeiros), Milton de Mori, Mike e Luis Nassif (bandolins), Rui Kleiner (violão tenor), Serginho Arruda,Valdo Gonzaga, João Macacão e Marquinhos (violões), Thadeu Romano (sanfona) e John Bermman (clarineta). Também presente à roda vi/ouvi um menino de 12 anos tocar à flauta, irrepreensivelmente, o chorinho 1 x 0, de Pixinguinha (abaixo, no registro de DArlan Ferreira).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DOMINGUINHOS CONTINUA EM COMA


O DVD Gonzaga – de Pai Pra Filho nem bem chegou às lojas, na praça de São Paulo já há cópia pirata ao preço de R$ 2,50 a unidade.
O filme de Breno Silveira foi visto nas salas de cinema de boa parte do País por cerca de 1,5 milhão de pessoas, fora os telespectadores que também o viram na telinha da Plim, Plim.
É um bom número.
Na minha modesta opinião, o filme sobre a história do Rei do Baião e seu filho postiço Gonzaguinha é muito bom, mesmo não retratando com fidelidade a realidade vivida pelos personagens.
Esse, aliás, não era e nem foi o propósito.  
A minha presença foi simples, com a cessão de imagens e informações.
Quem ainda não assistiu, recomendo o DVD.
E por falar em Gonzaga...
O herdeiro musical do Rei do Baião, Dominguinhos, continua internado em estado grave no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O filho Mauro conta que os batimentos do coração do pai estão bons, “mas ele não se mexe, não reage a perguntas ou a conversas a sua volta e só dorme”.
Faz dois meses hoje que Dominguinhos entrou em estado de coma.
Ele perdeu muito peso.

MORTE ANUNCIADA
A menina Isadora Faber e sua família estão sendo ameaçadas de morte. O motivo é a repercussão enorme que o seu Diário de Classe - página na Internet criada com o objetivo de denunciar as mazelas da escola onde estuda, em Santa Catarina.  
Que surjam outras Isadoras Brasil a fora.

MAIS VIOLÊNCIA
A população de 35 cidades catarinenses continua alarmada, mesmo com a transferência de presos perigosos para presídios de segurança máxima de outras regiões do País. Automóveis e ônibus já foram destruídos pelo fogo criminoso ateado por vândalos. A onda de violência começo no dia 30 de janeiro. Já passa de 100 o número de ocorrências policiais.

CHUVA
A chuva das 16 está se anunciando, enchendo com suas nuvens negras e ameaçadoras o céu de verão da capital paulista. Tomara que não nos afogue.

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