Assis entre Moreira de Acopiara e Jose cortez |
O
poeta-declamador cearense Moreira de Acopiara atuou como mestre de cerimônia e
ao fim foi muito aplaudido.
Aberta
pelo editor José Cortez, a programação da bienal, intitulada Semana do Cordel, contou
com dezenas de verdadeiros representantes da cultura popular, entre os quais
Sebastião Marinho, Mocinha de Passira, Téo Azevedo, Valdeck de Garanhuns, Luiz
Wilson, Pedro Monteiro, Luiz Carlos Bahia, Eduardo Valbueno, Marco Haurélio e
um dos filhos do poeta Patativa do Assaré, o declamador João Batista.
Como
o brincante Alessandro Azevedo, criador do palhaço Charles, o jornalista José
Nêumanne, acompanhado da sua musa Isabel, não se cansou de aplaudir os artistas
presentes com suas performances.
No
encerramento do evento usei o microfone para falar da riqueza e importância da
nossa cultura popular, hoje - e sempre - tão desprestigiada pelos governantes
das três esferas políticas no País.
Na
verdade, a nossa cultura popular se acha no limbo, e o mais grave é que os
senhores conselheiros do Ministério da Cultura camuflados no CNIC não sabem o
que é cultura, tampouco a popular; pois se soubessem certamente não aprovariam
um projeto de 4,1 milhões de reais para sete apresentações de um moço chamado
Luan Santana e nem outro de uma moça de nome Bruna Surfistinha, que teve o aval
do referido Ministério para projeto de 3,9 milhões destinados à produção de um filme
que contou a sua história de garota de programa.
Nos
meus tempos de rádio, e não faz muito tempo, briguei muito para que se levasse
de volta às escolas públicas e privadas a nossa música. Esse projeto o
Congresso aprovou, mas faltam professores para a matéria.
Pode?
Pois
é, somos ou não um país kafkiano?
na foto, entre outros, Teo Azevedo, Luiz Wilson, Luiz Carlos Bahia, Eduardo Valbueno, Marco Haurelio e o futuro deputado estadual Alessandro Azevedo |