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domingo, 30 de junho de 2019

VIVA GERMANO MATHIAS ANTES QUE MORRA!



O cantor e compositor Germano Mathias, paulistano do Pari, nasceu em junho de 1934 e acaba de fazer, pois, 85 anos de som, graça e vida.
É meio invocado, especialmente para quem não conhece. Assim meio Adoniran Barbosa...
Germano, figura ímpar do samba paulistano, atirou-se na carreia artística nos começos dos anos de 1950. Eu era menino quando ele já era bamba. Foi reconhecido, mas hoje em dia é um totem esquecido. Infelizmente. É assim que somos, não é mesmo?
Esse é o mais representativo artista do samba sincopado.
No começo dos anos de 1960, ele recebeu um “diploma” de Diplomata do Samba. Logo depois, o diplomada virou “Catedrático”.
Germano Mathias é o professor do samba de São Paulo, junto com Osvaldinho da Cuíca, Henricão, Geraldo Filme e o já mencionado Adoniran.
Germano merece todos os aplausos do Brasil, antes que morra.
Ah! Não custa lembrar que Germano estrelou bons filmes nacionais.
No acervo do Instituto Memória Brasil se acham os discos que o Germano gravou em todos os formatos: 78RPM, compactos simples e duplos, LP’s e CDs.

sábado, 29 de junho de 2019

DIA DE SÃO PEDRO E SÃO JOÃO


Pedro, de batismo era Simão. Foi um dos apóstolos de Cristo, o mais questionador de todos. Estava sempre a perguntar sobre isso e aquilo. Era pescador.
Paulo era Saulo, antes Saul. Não conheceu Cristo, mas tornar-se-ia um dos seus mais diletos seguidores. Isso, porém, depois de perseguir cristãos com milicianos,    personagens esses reais na vida brasileira da atualidade.
Um dia, a caminho de Damasco Saul, que virou Saulo e depois Paulo, após ter uma visão ficou cego durantes 3 dias. Esse tempo foi o suficiente para ele converter-se ao Cristianismo,
O dia 29 de junho é lembrado no calendário católico como o dia de martírio de Pedro e Paulo. Hoje, portanto, é o dia de São Pedro e de São Paulo.
No Evangelho São Pedro é citado 154 vezes, enquanto São João é referido 46 vezes. Isso mostra a importância de Pedro na igreja católica. Ele foi o primeiro papa.
As festas juninas substituiram as festas pagâs que eram feitas para comemorar colheitas, etc
Paulo não chegou a conhecer pessoalmente Cristo, mas sua importância na interpretação dos princípios de Deus e Cristo foram fundamentais para o entendimento da mensagem cristã.

SÃO JOÃO DE ANTONIO, PEDRO E PAULO
No começo de julho de 2013, apresentei um belo espetáculo junino no Vale do Anhangabaú em São Paulo. Umas 80 mil pessoas (acima) encheram a região de alegria, etc.No repertório foram convidados nomes salientes da nossa música popular como Zé Ramalho e Amelinha. Foi bonita a festa pá!

BRINCANTE
Logo mais as 18h, o Brincante (Rua Purpurina, Vila Madalena) estará abrindo suas portas para quem quiser continuar brincando nesse ciclo das juninas, com o pernambucano Antonio Nóbrega. Hoje é dia de São Pedro e São Paulo.



segunda-feira, 24 de junho de 2019

HOJE É DIA DE SÃO JOÃO!




Antes de mais nada, devo dizer que aprendo com as pessoas.
Julgo eu que aprendi com a minha avó Alcina e meus pais Maria e Severino, com colegas jornalistas Gonzaga Rodrigues, Luis Crispim, Mário Souto Maior, Câmara Cascudo, Lourenço Diaferia...
Meu querido amigo José Ramos Tinhorão continua dodói, assim meio fora de combate.
Tinhorão foi o primeiro jornalista que conheci em São Paulo, depois o querido alagoano Audálio Dantas. Resumo da ópera: aprendi com esse pessoal todo que as festas juninas definem certa linha do folclore brasileiro e alinha o amor ao coração. Tudo isso com foguetão no ar e outros fogos de festim. Sem falar que no período junino tem ainda dança, fogueira e uma culinária espetacular, que leva à mesa canjica, pamonha, etc...
O São João une o Brasil com Santo Antônio, São Pedro e São Paulo.
O cara que criou a marcha junina se chamava Assis Valente, baiano.
Muita gente acha que no Rio Grande do Sul só tem churrasco.
No RS tem churrasco e um povo maravilhoso. Esse povo no chamado período junino dança alegremente ao som de sanfona de grandes sanfoneiros, como Pedro Raimundo (Dança da Fogueira).
O Rio de Janeiro nos deu gente importantíssima fazendo marchinha de São João, como Lamartine Babo (Isto é lá com Santo Antônio).
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há centenas e centenas de marchas de canções juninas, como as referidas acima.


segunda-feira, 17 de junho de 2019

SÃO JOÃO DE NORTE A SUL DO PAÍS




Nas origens, o São João existe antes de Cristo.
Séculos antes de Jesus Cristo nascer, o povo comemorava as boas safras no campo. Para tudo sempre houve motivo de comemoração, como hoje. Só que na antiguidade não existiam nem forró de Gonzaga nem humorismo de Ludurego, nem quadrilha de dança nem mais um monte de coisa.
Ali pelo século II, depois de batalhar contra os festejos pagãos, a Igreja rendeu-se aos encantos dos hereges e incluiu essa festa no seu calendário. E mais: incluiu Santo Antônio, São João e São Pedro. São Paulo faz parte da festa, mas pouca gente sabe disso talvez porque São Paulo foi o cara que virou santo depois de perseguir e matar cristãos.
A quadrilha junina teve início na França do século XVIII, por ai. Era dança de salão. A nobreza adoravam, mas ai essa dança chegou ao Brasil e tudo mudou. E é isso que há ai.
A música do chamado ciclo junino, no Brasil, data do século XIX, no Rio de Janeiro.
Em disco, as primeiras gravações datam do início do século passado.
O gênero musical mais marcante do chamado ciclo junino é chamado de marcha.
O primeiro compositor a compor nesse referido ritmo foi o baiano Assis Valente (1911-1958). É dele Cai, Cai Balão, uma obra prima. Ouçam:


As festas juninas de espalham de norte a sul do País.
Um detalhe une os sotaques das festas juninas: sanfona e fogueira.
Ai a acima, na foto, mostro discos do pernambucano João Silva (1935-2013), do gaúcho Pedro Raimundo (1906-1973), do carioca Lamartine Babo (1904-1963), paulista Raul Torres (1906-1970) e a potiguar Ademilde Fonseca (1921-2012). Ademilde foi a mais importante interprete do chorinho. Ela deu voz, literalmente, ao choro. Ficou conhecida como a Rainha do Choro.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acham centenas de discos com músicas sobre São João e os outros santos da época.

terça-feira, 11 de junho de 2019

JORNALISTAS&CIA HOMENAGEIA O RÁDIO


da esquerda para direita: Carlos Maglio, José Paulo Lanyi, Assis Ângelo e Luiz Carlos Freitas


Jornalistas de São Paulo foram premiados pela segunda vez no concurso promovido pela empresa Jornalistas&Cia para homenagear o padre Landell de Moura, gaúcho inventor do Rádio.
A entrega do prêmio aos jornalistas que se destacaram na cobertura dos seus trabalhos ocorreu ontem 10 no plenário da Câmara Municipal de São Paulo. Estive lá.
Landell foi um cientista dedicadíssimo. 
Intelectual, brilhante do seu tempo, Landell antecipou-se a Marconi quando levou aos brasileiros de São Paulo a fala de gente por ondas magnéticas. Mas, como sempre, o novo no Brasil é visto como nada. E aí perdemos para o italiano Marconi a oportunidade de sermos conhecidos no mundo como inventores do Rádio.
O resto a história c-a-p-e-n-g-a-m-e-n--t-e registra.
Assis
Os vencedores do 2º Prêmio Landell de Moura, escolhidos pelos jurados Carlos Maglio, José Paulo Lanyi, Assis Ângelo, Luiz Carlos Freitas e Arlete Taboada, são:
Âncora: José Paulo de Andrade (Bandeirantes).
Repórter: Maiara Bastianello (BandNews).
Comentarista: Carlos Alberto Sardenberg (CBN).
Programa Jornalístico: Jornal da Bandnews.
O jornalista Eduardo Ribeiro e o vereador Eliseu Gabriel merecem deste blog todo respeito pela história que estão fazendo.


HISTÓRIAS DO ALÉM



Já não há tantos e bons médiuns como antigamente.  É o que se depreende pelo noticiário recente.
O mineiro Zé Arigó,  que partiu para a Eternidade, aos 50 anos de idade, em 1971, marcou época. Nasceu pobre e morreu pobre, num acidente de carro. Ele jamais aceitou qualquer dinheiro  a título de doação pelo bem que fazia aos semelhantes. Em 1956 foi preso, acusado  pela prática irregular da medicina. O presidente Juscelino Kubistcheck o indultou. Ele não sabia bem o que era indulto, mas ficou sabendo logo depois. Em 1963, um padre o acusou de exorcismo etc. Centenas de pessoas se mobilizaram para fazer com que o presidente João Goulart o indultasse. Zé Arigó já então sabendo o que era indulto decidiu cumprir a pena que lhe fora imposta de 1 ano e 7 meses. Sem favor ou perdão presidencial.
E Chico Xavier, heim? 
Chico nasceu em 1910 e partiu em 2002. Era mineiro como Arigó. E como Arigó nunca aceitou paga pelo que fez em benefício a milhões de pessoas. Ele psicografou milhares de textos. Da sua biografia consta que publicou 451 livros. Os direitos autorais desses livros ele nunca aceitou, doando para entidades espíritas.
E vocês já ouviram falar do paraibano Euricledes Formiga?
Formiga nasceu em 1924 e nos deixou em 1983. Resistiu enquanto pôde a receber espíritos. Ele era alegre, bonachão, cheio de graça e vida. Publicou livros e até gravou um LP ao lado de José Soares Cardoso (acima).
Formiga chegou a psicografar ao lado de Chico Xavier, que o admirava.
E o paulistano Jorge Rizzini?
Rizzini nasceu em 1924 e foi juntar-se a Arigó, Chico Xavier e  Formiga, em 2008.
O Espiritismo é algo que foge à razão comum. A Ciência torce o nariz a esse fenômeno.
Rizzini psicografou obras de grandes nomes da poesia nacional e estrangeira, como: Luís de Camões, Edgar Allan Poe, Gonçalves Dias, Manuel Bandeira e Mário de Andrade.
O repertório do LP Compositores do Além é todo psicografado por  Rizzini. Os compositores são Lamartine Babo, Ataulfo Alves, Noel Rosa, Assis Valente, Francisco Alves, Vicente Paiva, interpretados por Roberto Amaral, Silvia Maria, Rosaly, Gilberto Santamaria, Adilson Godoy e  Neyde Fraga. Esse disco foi gravado nos estúdios da  rádio Eldorado, em 1982.
O mentor espiritual de Jorge Rizzini era Manoel de Abreu. Curiosidade: Rizzini, como Formiga, era jornalista e coube a ele  apresentar o primeiro programa de televisão (TV Cultura) sobre espiritismo.
João de Deus! Anotem: um pesadelo, uma vergonha, uma tristeza, um blefe.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

JUNINAS, FUTEBOL E CARNAVAL

O carioca Lamartine Babo foi um dos maiores compositores da Música Popular Brasileira. Ele transitou em quase todos os gêneros, inclusive o Teatro de Revista. Lamartine nasceu em 1904 e partiu para a eternidade em 1963, mais exatamente no dia 16 de junho. São dele clássicos da nossa música como O teu cabelo não nega, Serra da Boa Esperança, Chegou a hora da fogueira, No rancho fundo e Cantores do rádio. Serra do Boa Esperança, aliás, ele fez em parceria com Ary Barroso, para homenagear a região homônima de Minas. Um gênio, que deveria continuar na boca do povo. Só para lembrar, mais uma coisinha: foi parceiro de Noel Rosa, Ary Barroso e outros craques. E é autor dos hinos de diversos times de futebol do Rio, entre eles Flamengo, Botafogo, Bangu e América, sua paixão. Quase toda a obra de mestre Lamartine Babo está no acervo do Instituto Memória Brasil (IMB).

O VIAJANTE ONALDO QUEIROGA


Eu penso: O Brasil tem, sim, futuro.
Onaldo Queirog (acima, comigo há pouco) é um paraibano, juiz de Direito. Um cidadão à toda a prova. E proza. Tem senso incomum sobre o comum da vida cotidiana. É um pensador no seu estado natural, cheio de leituras e pontos de vista.
Minha casa, hoje, encheu-se de alegria e saber com a presença de Onaldo Queiroga. Ele é titular da 1ª Vara Civil da Comarca de João Pessoa, PB. Tenta compreender a filosofia popular e seus autores. Ele próprio colabora, na prática, com a compreensão desse entendimento. Tem vários livros publicados sobre Direito e experiências do dia a dia. Agora mesmo está publicando o livro Crônicas de um Viajante, no qual relata experiencias que a vida lhe tem dado. 
Onaldo Queiroga, paraibano de Pombal, é ouvinte assíduo de cantadores repentistas e das cantigas do povo. Luiz Gonzaga foi um artista que muito o inspirou na vida que leva de encontro ao pensamento popular.
A toada A Vida do Viajante, de Gonzaga e do mineiro Hervê Coldovil, cabe perfeitamente na vida de Onaldo. Ouça:




segunda-feira, 3 de junho de 2019

Humor desde sempre. Viva Cornélio Pires!


Nestes tempos bicudos, de raiva, desencontro e mau humor, não custa lembrar que a graça, a ironia, o bom humor, a piada existe desde sempre.
O primeiro produtor independente de discos no Brasil chamou-se Cornélio Pires, um brasileiro da cidade paulista Tietê.
Em maio de 1929, ele lançou a primeira anedota que se conhece gravada em disco: Anedotas Norte Americanas (ai na foto).
Cornélio tirou grana do próprio bolso para produzir 52 discos registrando o comportamento do povo do mundo rural paulista. A primeira moda de viola que se conhece em disco foi ele quem produziu e lançou: Jorginho do Sertão.
Cornélio Pires é um nome de grande importância para a história dita caipira do Brasil.
No Nordeste, caipira é chamado de matuto.
No Sudeste, especialmente em Minas Gerais, o matuto é chamado de catrumano.
Para designar o matuto nordestino do caipira, outros nomes também são dados: capial, caboclo...
Quando será que os governantes das três esferas vão dar importância à cultura popular, hein?
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acham todos os discos da série Turma Caipira Cornélio Pires. E se acham também todos os 22 livros que Cornélio lançou.
Cornélio Pires foi jornalista com carreira iniciada no jornal Tietê.
Além de produzir como jornalista no Tietê, como jornalista ele produziu para o jornal Comércio e revistas Pirralho, O Saci, etc. Curiosidade: foi revisor do centenário do Estado de S.Paulo.
Cornélio Pires nasceu no dia 13 de julho de 1889 e morreu no dia 17 de fevereiro de 1958, no Hospital das Clínicas, SP.


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