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quinta-feira, 21 de julho de 2022

CAMÕES, SRI LANKA, PARAÍBA: UMA HISTÓRIA

Inflação na lua e economia totalmente desorganizada levaram rebeldes cingaleses às ruas de Sri Lanka gritando palavras de ordem e exigindo a renúncia do presidente Gotabaya Rajapaksa e do primeiro ministro Dinesh Gunawardena. Ambos tiveram suas residências incendiadas. O primeiro-ministro renunciou e o presidente fugiu num avião, na madrugada de 13 de julho.
A situação é periclitante em Sri Lanka, desde a madrugada de 9 de julho último.
Sri Lanka já foi chamado de Ceilão e Taprobana.
Os cingaleses vivem de chá, coco e turismo.
O turismo é a grande fonte de renda de Sri Lanka, por uma razão: foi por lá que Luís Vaz de Camões passou rumo à Índia, ali pelo ano de 1500 e qualquer coisa. E já na 1ª estrofe do primeiro dos 10 Cantos do seu famoso livro Os Lusíadas, escreve:

As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana

Por mares nunca de antes navegados

Passaram ainda além da Taprobana,

Em perigos e guerras esforçados

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

O Novo Reino, que tanto sublimaram;
 
Há pouco arrisquei-me a adaptar o belíssimo livro de Camões em sextilhas. No original, o autor faz uso de estrofes com versos cruzados. Penso numa ópera popular, que intitulei A Fabulosa Viagem de Vasco da Gama no Mar.
Em mais de hum mil versos, faço uso dos principais personagens de Camões. Estão lá deuses, ninfas e até o Velho do Restelo.
O presidente Rajapaksa caiu e no seu lugar assumiu hoje 21 Ranil Wickremesinghe, prometendo mundos e fundos ao povo.
O nome oficial da terra dos cingaleses, que fica ao sul da Índia no Índico, é República Democrática Socialista do Sri Lanka. A língua lá deles são duas: Cingalês e Tâmil. 
A população de Sri Lanka, que ocupa 65.610km² gira de em torno de 22 milhões.
Em termos territoriais, Sri Lanka tem a mais apenas 9.025km do que a minha querida Paraíba.

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