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terça-feira, 29 de maio de 2018

QUANTO PIOR, PIOR.


No dia 05 de outubro do ano passado, avisaram que iam parar. O Jaburu ficou na moita. Jaburu é o palácio do Governo. No dia 14 de março, cinco meses depois voltaram a avisar que iriam paralisar as estradas do País. Dito e feito: segunda 21 pararam, o Brasil parou, paramos todos.
No primeiro dia Deus começou a criar o mundo. No sétimo dia ele concluiu o que começara. No oitavo descansou que ninguém é de ferro, no nono... Hoje faz 9 dias que os caminhoneiros protagonizam a mais turbulenta paralisação do país. No total, há 1, 7 milhão de quilometros de rodovias Brasil afora. A grande parte dessas rodovias não tem asfalto, é esburacada, um perigo dos infernos! Por essas estradas rodam diariamente quase 2 milhões de caminhões e caminhoneiros. Desses, 176 mil são mulheres... O caos que os caminhoneiros e oportunistas da classe provocaram é incomparável. Não lembro de outra paralisação tão grave quanto essa no país.
Os prejuízos financeiros e de toda ordem são incalculáveis. Homens, mulheres e crianças estão sendo prejudicados como nunca foram.
No primeiro momento da greve, boa parte dos brasileiros e brasileiras manifestaram seu apoio. Esse apoio tem caído a cada instante, até porque descobriu-se que por trás dos caminhoneiros havia grandes empresários, grandes sacanas, grandes traidores da pátria. Esses sujeitos provocaram o que não deviam: locaute.
Locaute é uma espécie de xeque-mate. Com um detalhe: Locaute é crime. É quando, digamos, um canalha poderoso pratica a mais valia. Isso está lá no livro do barbudo alemão, o Carlos.
Muitas lições há de se tirar dessa greve. Houve nela, momentos de solidariedade por parte da população. A mesma população que agora sai correndo em desespero em direção aos mercados e supermercados e aos postos de gasolina e a tudo quanto é lugar onde possa se vislumbrar uma saída, um respiro. Essa eu ouvi no rádio: uma criança pergunta ao pai se no carro há gasolina. O pai responde que sim. O filho de novo pergunta se é suficiente para ir e voltar do supermercado. Triste, não é ?
Enquanto isso, no Jaburu tudo é moita.


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