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sexta-feira, 1 de maio de 2015

ASSIS ÂNGELO: 40 ANOS


No começo dos anos de 1970, eu ainda atuava na imprensa paraibana; no Jornal Correio da Paraíba, como editor de Local, e no rádio, de mesmo nome, como locutor noticiarista. Naquele tempo, demonstrava grande interesse pela cultura popular do nosso país. 
Outro dia mexendo no acervo que deu base à criação do Instituto Memória Brasil- IMB, deparei-me com alguns livros e discos datados - e autografados daquela época. Quer dizer: a quatro décadas iniciava a formação desse acervo, considerado um dos pouquíssimos mais importantes do Brasil em mãos de particular. 
Nos últimos anos, centenas e centenas de estudantes e pesquisadores profissionais desenvolveram teses e estudos sobre a temática da música e da cultura popular, em geral. Pelo acervo inúmeros grupos de estudantes construíram seus TCC´s, mestrados e doutorados. Já estiveram fazendo pesquisas no acervo, pessoas procedentes de vários países, entre os quais Estados Unidos, Itália, Japão e França. O acervo Assis Ângelo é constituído por cerca de 150 mil itens, incluindo discos de todos os formatos (76,78,33,45), MD´s, fitas cassetes e VHS, jornais e livros centenários, milhares de partituras e fotos de várias épocas e documentos em geral.
Historiadores como José Ramos Tiorão concluíram, no Acervo pesquisas que renderam livros. Ao visitar o acervo o brazilianista Mark Currian, encantado com o que vira, disse que iria desistir de fazer pesquisas sobre a sua especialidade: a cultura popular brasileira. Há muitas histórias amealhadas em torno do acervo. Certa vez o premeadissimo tropetista norte americano Winton Masalys me disse uma coisa curiosa: "Se você fosse norte americano, o nosso governo lhe proporcionaria todas as condições para que você pudesse desenvolver suas pesquisas". Curioso, não? Triste também.

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