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quinta-feira, 9 de julho de 2020

BOLSONARO, CARNAVAL E CINZAS


Um dos maiores sucessos musicais do Carnaval de 1944 foi a marcha Eu Brinco, do paulista Pedro Caetano (1901-92) e do mineiro Claudionor Cruz (1910-95). Essa marcha começava assim:

Com pandeiro ou sem pandeiro
Eh eh eh eh, eu brinco
Com dinheiro ou sem dinheiro
Eh eh eh eh eu brinco
...

O Carnaval de 2021 tem data marcada: 16 de fevereiro, uma terça-feira.
Escolas de samba de vários pontos do país estão se movimentando em busca dos seus enredos.
Não precisa ser bidu nem ter nas mãos bola de cristal pra descobrir que o tema principal serão dois: a pandemia provocada pelo novo Coronavírus e o vírus que é Bolsonaro.
Meu amigo, minha amiga, você saberia dizer porque o Presidente está tão quietinho?
Chovem processos contra ele e seus pimpolhos maleducados, que são loucos por mentira. Agora mesmo, por exemplo, o Facebook encerrou 35 contas e detonou 14 páginas ligadas ao chamado Gabinete do Ódio.
Dou um doce a quem souber da ligação da história desse gabinete, como surgiu, quem a ele está ligado etc.
Não à toa, o Presidente anda tão quietinho.
No coração Bolsonaro mora o Gabinete do Ódio.
O titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, está querendo o enquadramento do jornalista Hélio Schwartsman na Lei de Segurança Nacional, LSN, só porque escreveu um artigo publicado na Folha dizendo que queria Bolsonaro morto. Ora, ora...
Ocasião houve que Bolsonaro defendeu, em público, a tortura e o fuzilamento do ex-presidente Fernando Henrique.
Houve também ocasião em que o mesmo Bolsonaro praguejou contra Dilma, torcendo por sua morte na forma de infarte, também publicamente.
E agora mesmo, desrespeitando tudo e todos, o presidente ignora a pandemia e diz que todos vão simplesmente morrer. Ele, pelo jeito, quer a morte de todos de quem não gosta. 
Se o Hélio pode ser enquadrado na LSN, porque Bolsonaro não pode ser expelido da cadeira que ocupa?
A marcha Eu Brinco foi composta para animar os foliões do carnaval que nada prometia, além de tristeza. Viviam-se os finais da Segunda Grande Guerra.
Em 1918, a Gripe Espanhola provocou uma pandemia dos infernos. Em menos de três meses, morreram cerca de 35 mil brasileiros. Mesmo assim, houve um baita carnaval nas ruas do Rio de Janeiro.
Inspirado nessa loucura, o baiano Assis Valente (1911-58) compôs esta jóia:




REVOLUÇÃO E MINISTÉRIO SEM MINISTRO


Na manhã de 9 de julho de 1932 estourou a revolução contra o governo varguista e a favor de uma nova Constituição, que viria em 1934.
A Revolução Constitucionalista, também chamada de Guerra dos Paulistas, foi liderada pelo general Izidoro Dias Lopes (1865-1949). 
Mais ou menos 200 mil paulistas e paulistanos participaram dessa Revolução. 
Entre os "guerreiros", foram à luta, pelo menos 72 mil mulheres, incluindo adolescentes de ambos os sexos. 
Fontes oficiais registraram 934 mortos, na Capital e em diversos municípios.
Extraoficialmente, falam-se em mais de 2200 mortos. 
No livro, 1932 - Imagens de uma Revolução (2008; Imprensa Oficial Sp, 200 pags), capa ao lado, o autor, Marco Antonio Villa, diz que o número de mortos na revolução foi de 634. 
Fontes norte-americanas garantem que morreram 1050 pessoas na revolução eclodida no dia 9 de julho de 1932, em São Paulo. 
Essa guerra durou menos de 3 meses.
Várias músicas foram feitas sobre a revolução, que até um hino ganhou. Ouça acima.
Getúlio Vargas (1881-1954) foi o cara que mais tempo ficou à frente da presidência da República, de 1930 à 1945, continuamente. Quer dizer: 14 anos, 11 meses, três semanas e cinco dias. 
Muita coisa boa o Getúlio fez, mas não foi brinquedo não. 
Ele criou os ministérios da Educação, do Trabalho, a Petrobrás...
O ministério da educação, que originalmente chamou-se ministério da Educação e da Saúde Pública, foram um dos primeiros atos do presidente que perdeu a eleição popular em 1930.
O primeiro ministro da Educação foi o mineiro Francisco Campos (1891-1968), substituído, em 1934, por Gustavo Capanema (1900-85). Curiosidade: o chefe de Gabinete de Capanema foi o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-87). 
Capanema e Drummond permaneceram no cargo até 1945.
Faz tempo que o Brasil anda sem ministro da Educação. Pois é, né?

MEIO AMBIENTE

O vice presidente da República, General Hamilton Mourão, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participaram esta manhã de uma reunião à distancia com investidores estrangeiros. A pauta principal, a destruição da Amazônia. É isso, né? Ouça: 

    

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