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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

CÃES E GATOS TAMBÉM TÊM DIREITOS "HUMANOS"

Há vários pontos em comum entre um homem e um cachorro. E não adianta duvidar, é fato.
O primeiro ponto em comum entre um homem e um cachorro é que ambos são animais, cada qual com sua linguagem.
Ao correr do tempo, ficou conhecida a frase "o cachorro é o melhor amigo do homem". A questão, porém, é a seguinte:e o homem, será que é o melhor amigo do cachorro? No dia 10 de dezembro de 1948, em Paris, uma assembléia geral da Organização das Nações Unidas, ONU, aprovou um documento que identificava os direitos da espécie humana. Esse documento ficou conhecido como Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em 1931, em Florença, Itália, um Congresso que reuniu ecologistas de várias partes do mundo decidiu que os animais, todos, têm direito à vida etc.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é violentada todo dia em todo o canto.
Prendem-se meninos, meninas, mulheres e homens por nada. Pessoas são torturadas e mortas, como aconteceu há poucos dias com um jornalista na Turquia. No Brasil, brasileiros e brasileiras são mortas que nem moscas, enquanto a impunidade persiste nos rincões do território nacional. O mesmo acontece com cachorro, gato, cavalos, jegues...
O Dia Universal dos Direitos Humanos é comemorado ou lembrado todo dia 10 de dezembro desde 1948.
O Dia Mundial dos Direitos dos Animais é comemorado ou lembrado no dia 4 de outubro, desde 1978.
Uma vez o advogado Sobral Pinto ganhou uma causa ao utilizar a Lei de defesa dos animais a favor de um cliente. Quer dizer: gentes e bichos são iguais perante as leis, mas as leis quase sempre são esquecidas ou atiradas ao lixo, simplesmente.

Não é todo mundo que conhece as leis. Tanto que é comum ouvir a frase das pessoas mais humildes: "direitos humanos é só prá bandido, não prá trabalhador".
Em 1973, o cantor Baiano Waldick Soriano fez um sucesso dos diabos com a música Eu Não Sou Cachorro Não, ouça:



O cantor e compositor cearense Falcão, todo cheio de graça, arrancou muita risada com Eu e Meu Cachorro, ouça:



E o que dizer dos gatos, hein? Entre cães e gatos, os gatos são minoria no Brasil. Segundo o IBGE, há 52,2 milhões de cachorros no País. O número de gatos é da ordem de 22 milhões. Os cachorros, têm necessidade de sair, de passear com seus donos, os gatos, não. 
Um homem bonito, assim como eu, normalmente é chamado de gato. Aliás, Gato é um personagem interessantíssimo do romance Os Capitães da Areia de Jorge Amado, cuja leitura recomendo.
Uma mulher bonita normalmente é chamada de gata. E por que isso? Porque um gato é um gato e uma gata é uma gata com suas manhas. E por isso cativantes. A foto aí é prova:





A Declaração Universal dos Direitos humanos, com seus 30 Artigos, não tem impedido as guerras mundo afora. A intenção, porém é importante e necessária. Muitos artistas da música brasileira têm cantado em nome da paz, como Marinês. Ouça-a numa composição do paraibano Antônio de Barros.



DIA DE CLARICE


Clarice Lispector nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, na Ucrânia. Ela chegou ao Brasil com dois meses de vida. Morou em Recife e no Rio de Janeiro e a partir de 1944 passou a ser conhecida no meio literário. Seu livro mais conhecido é A Hora da Estrela, que ela publicou em 1977. Ano da sua morte, aliás, ela morreu um dia antes de completar 57 anos de idade. Clarice era uma mulher incrível. Lembre a escritora no vídeo ao lado.

DOZE ANOS SEM SIVUCA


É mal nosso, humano, esquecermos com facilidade de coisas e pessoas.
Quem se lembra de Joaquim Antônio da Silva Callado Jr.? Esse cara foi, digamos assim, o pai do Chorinho. E de Pattapio Silva, hein? Esse ai foi, simplesmente, o melhor e mais novo flautista brasileiro. Morreu com 26 anos de idade.
Pixinguinha, com centenas e centenas de composições, também já anda no limbo. E olha que ele foi o autor de Carinhoso e tantos e tantas pérolas musicais...
E Waldir Azevedo, autor de Brasileirinho? E Benedito Lacerda, Altamiro Carrilho, Carlos Poyares...?
O paraibano de Itabaiana Severino Dias de Oliveira, que boa parte do mundo conheceu como Sivuca, nasceu em 1930 e partiu para a Eternidade no dia 14 de dezembro de 2006.
Sivuca eu o conheci bem e até virou meu amigo.
No dia 1º de abril de 1979 eu o chamei a um canto pra uma prosa. Isso foi logo após ele retornar dos Estados Unidos, onde viveu durante anos. Essa prosa eu publiquei em três páginas do extinto suplemento dominical Folhetim, do diário paulistano Folha de S. Paulo (abaixo).
Sivuca foi um ás da música popular brasileira. Compôs muita coisa bonita, incluindo forró, baião, samba e choro, muito chorinho. Sanfoneiro, foi professor de violão até no Japão e produtor musical da cantora africana Mirian Makeba (Pata, pata). Para lembrar, ouçam:
Em 1950 Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979) compuseram Sivuca no Baião, que o próprio homenageado gravaria em disco Continental de 78 rpm (ao lado), no ano seguinte. Dois anos depois o mesmo Sivuca gravaria, junto com a rainha do baião Carmélia Alves (1925-2012), um Pout- Pouri com sucessos do programa No Mundo do Baião que era apresentado pelo compositor pernambucano Zé Dantas (1921-1962) na Rádio Nacional.
Os nomes aqui citados são, todos, de grande importância para a música popular brasileira.

Quer saber mais sobre Sivuca, clic:



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