Puta que pariu...!
Meu amigo querido José Nêumanne, paraibano lá de Uirauna, acaba de dizer no meu ouvido que o nosso Carlos Aranha morreu.
Doeu-me à alma a notícia.
Aranha, paraibano de João Pessoa que nem eu, foi um cara absolutamente fantástico.
Carlos Aranha e eu fizemos e participamos de muitas histórias.
Lembro que o colega jornalista João Bosco, que deve estar nas redondezas do Céu e do Inferno, era editor chefe do Jornal Correio da Paraíba. Eu era subchefe. E o Aranha era um dos meus repórteres, quer dizer, estava sob as minhas ordens.
Um dia, e outros dias mais, Aranha me pedia aumento de grana no holerite que, na sua opinião, estava completamente defasado. Concordei.
Levei a questão ao chefão Bosco. Riu da minha cara. E rolou o seguinte: Aranha pediu demissão do jornal e com ele eu também fui.
Doidura?
Bom, Carlos Antonio Aranha foi um cara do caralho!
Aranha, além de jornalista, foi poeta e produtor musical.
A história de vida de Carlos Aranha foi uma história fantástica.
Tem até um momento na vida de Aranha que entra o conterrâneo Zé Ramalho.
Aranha escreveu no jornal coisa de que Zé não gostou. No começo da carreira. Zé partiu pra cima de Aranha e no Aranha jogou um monte de bofete.
Aranha chegou a ser presidente da Associação Paraibana de Imprensa, API.
Eu fui um dos primeiros integrantes dessa associação. Cheguei até a proferir palestra lá, junto com o compadre José Nêumanne.