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terça-feira, 6 de outubro de 2015

ONDE ANDA O MEU PAÍS BRASIL?

O fado é triste, nostálgico. O tango é trágico. O chorinho, ao contrário do fado e do tango, é alegre e gracioso. O chorinho é totalmente brasileiro.
O samba também é brasileiro. E como se não bastasse, do samba há muitas derivações. 
Estou feliz.
Hoje à tardinha o meu amigo de infância, Juarez Carvalho, autor-designer da capa do livro Eu vou contar pra vocês, me telefonou de Portugal para dizer coisas que só os amigos dizem, que está com saudades... Portugal é fado. Da Argentina tenho mil histórias pra contar. E do chorinho brasileiro, meu Deus...
Lá pelos anos de 1930, o mineiro Ary Barroso inventou um tal de “samba exaltação”. O paulista João Pacífico fez o mesmo no campo da cantiga rural.
Poxa, mas porque estou dizendo essas coisas?
Ouvindo agora há pouco o noticiário da Tv Plim-Plim, não vi nenhuma fala a respeito da notícia mais importante do dia, gerada pelo  Japão, Estados Unidos, Malásia, Austrália, México, Chile e meia dúzia de outros países preocupados com o futuro comercial do planeta. E aqui, nesse ponto, onde anda meu país adorado, o Brasil?
Meu país, o Brasil, tão exaltado na obra de Ary Barroso, onde anda?
Na peça musical-documental, O Canto da Minha Terra, de Márika e Otero, o Brasil mais brasileiro “sem exaltação”, é o país mais verdadeiro que hoje aparece aos nossos olhos.
Ary Barroso deixou mais de 300 músicas gravadas por intérpretes do mundo inteiro, em línguas diversas, mas Márika e Otero optaram por apresentar o Brasil mais autêntico do Ary; o Brasil menos exaltado, o Brasil mais brasileiro, o Brasil do coqueiro que dá coco.
Por que digo ou lembro isso?
O Japão, os Estados Unidos, a Malásia, e mais alguns outros países, daqui e dacolá se juntaram para resolver os problemas do futuro, o futuro que já é hoje.
O Brasil, através do seu braço internacional, o Itamaraty, parece dar as costas ao mundo.
“Brasil, meu Brasil-brasileiro”.
Porque tudo liga tudo, O Canto da Minha Terra é tudo o que nós brasileiros gostaríamos de ter certeza que há.
Uma coisinha só, eu quero dizer: Márika e Otero são uma das marcas mais importantes da arte brasileira, em teatro.

E Celia e Celma cantando são fado, tango, chorinho e tudo de bom que o mundo tem. Ouçam-na cantando e falando sobre o vizinho delas: 



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