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sexta-feira, 9 de maio de 2025

EU E MEUS BOTÕES (87)

Oi, pessoal! O que está havendo aqui, vocês endoideceram?

Os botões caíram na risada, em uníssono: "A gente viu o senhor na TV italiana, ao lado de um monte de gente".

Nisso o sistema interno de TV capta imagens de dois homens e uma mulher. Todos se voltam para identificar as pessoas que veem na tela. Zilidoro diz logo: "Dona Flor já reconheci e aquele... aquele ali vem a ser o roteirista amigo do Vira Lata, personagem que a gente está querendo há muito conhecer".

Muito bem. É que vocês não me deram oportunidade de anunciar...

"Boa tarde, pessoal!", diz um tanto à vontade a historiadora Flor Maria, acrescentando: "O Zilidoro acertou quando disse que estávamos chegando aqui, pois temos o Magrão. E temos também o Fausto, que pessoalmente acho que vocês ainda não conheciam.

"O Magrão aí é o pai do Vira Lata?", pergunta entusiasmado Zoião. 

Bom, é com você Magrão. 

"Sim, sou o criador do Vira. É um filho que me dá muita alegria. É de origem simples, humilde e fácil fácil de conquistar amigos e amigas. É um paladino da Justiça. Nasceu pra fazer o bem e ensinar bons caminhos a quem deles precisa. É um verdadeiro irmão do Líbero. Esse aí também é figurinha do maior respeito", diz Magrão que anda ensinando música ao Vira Lata. 

Todos na sala se levantam batendo palmas, menos Lampa. 

Os irmãos Biu e Barrica levantam as mãos pedindo palavra. Ao mesmo tempo, perguntam: "E esse aí é o Fausto?".

"Sim, eu sou Fausto Bergocce. Tenho andado e ando ainda pintando e bordando. Sou desenhista, pintor e cartunista. Já publiquei duas dezenas de livros, apresentados por meu amigo Assis e o meu amigo Paulinho da Viola. Tenho rodado pelo mundo todo. Vou aonde me chamam. Trabalhei em muitos lugares legais como a TV Cultura, Folha, Folhetim, Diário Popular, Pasquim... Bom, se eu for falar mais a respeito do que faço e a respeito de mim, vocês vão acabar dormindo".

Palmas explodem na sala, enquanto Zoião se posiciona atrás de Lampa, que está entretido no que escreve num papel. De repente, Zoião irrompe numa gargalhada beirando o histerismo. Lampa dá um pulo e fica na posição de ataque: "O que foi, seu corno? Nunca viu um macho, não?".

O ambiente fica pesado e o pessoal do "deixa disso" faz a sua parte.

Peraí, peraí, o que está havendo?

Zoião para de rir e diz tirando o sarro de Lampa: "Ele é um burro, um besta que nem sabe escrever".

Lampa dá de mão do punhalzinho e...

Zilidoro: "Seu Assis, não é bom saber o que Lampa estava escrevendo?".

Sim. O que você estava escrevendo que chamou a atenção de Zoião?

Lampa se aproxima mostrando o papel no qual se lia: A bemo papa.

Pois é, Zoião você não vai querer que o Lampa escreva como se fosse um doutor de universidade. Aliás, há uma linguagem de duas falas e de duas escritas em qualquer parte do mundo. Há a fala praticada no campo e há fala praticada na cidade. Ambas estão certas. E Lampa também está certo. Quando eu cheguei aqui, vocês disseram que me viram na televisão. Sim, eu estava na Vaticano e ao meu lado, o Vira Lata. E tenho certeza de que o Lampa estava acompanhando tudo. A prova é que ele tentou se expressar repetindo o que ouviu. Habemus Papam ( Temos um Papa). E chega, né?

"Eu só queria perguntar se o seu Fausto faria um cartum dizendo que o papa é do Peru". provoca Jão, piscando o olho.

Olavim, no seu canto quietinho, pergunta se não é o caso de aproveitarmos a presença da Flor Maria, Fausto e Magrão para um mergulho na história da Igreja. 

Sim, seria uma boa. Mas o tempo urge. Fica pra outro dia.


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