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terça-feira, 8 de agosto de 2023

QUESTÕES INDÍGENAS EM PAUTA

Com a presença de representantes de vários países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica foi oficialmente aberta pelo presidente Lula a Cúpula da Amazônia. Os países são Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Equador, Peru, Suriname e Venezuela.
Essa reunião iniciada hoje e prevista para terminar amanhã 9, no Pará, deverá ter efeito benéfico aos moradores de toda a região.
Ontem 7 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, anunciou uma boa nova: a população brasileira de indígenas quase dobrou em 2022, em relação à pesquisa de 2010. Isso quer dizer que foi de 896.917 para 1.693.535 habitantes.
E como a coisa puxa outra, acabo de lembrar uma ou outra coisinha referente ao mês de agosto.
Em 1943, Luís da Câmara Cascudo iniciou pesquisa sobre o que nós, brasileiros, comemos.
Os primeiros alimentos que ingerimos desde tempos de antanho vieram do cardápio indígena, como macaxeira, mandioca, inhame e cará.
Macaxeira é uma raiz deliciosíssima conhecida também em algumas partes do País como aipim e mandioca; mas mandioca é a raiz própria para a fabricação de farinha. Cascudo:
"Na geografia da alimentação brasileira o 'complexo' da mandioca, farinha, gomas, tapioca, polvilhos, constitui uma permanente para 95% dos oitenta milhões nacionais, em todas as direções demográficas. Acompanha o churrasco gaúcho como a caça no Brasil Central e no mundo amazônico. Para o brasileiro do povo 'comer sem farinha não é comer!'"
As pesquisas iniciadas por Cascudo ficaram praticamente suspensas por alguns anos, até que num dia de agosto de 1963 Cascudo recebeu em sua casa na Mathias Aires, Natal, a visita do poderoso Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Conversa vai, conversa vem, Chatô botou fogo em Cascudo fazendo-o dar prosseguimento às pesquisas que iniciara 20 anos antes. Em 1967, enfim, saiu pela Editora Nacional, de São Paulo, o livro História da Alimentação no Brasil, dividido em dois volumes.
Na pauta da Cúpula da Amazônia se acham assuntos de extrema importância, como o fim do desmatamento na região e a possível exploração de petróleo pela Petrobrás na Bacia da Foz do Amazonas.
Esse último tema está deixando os defensores do Meio Ambiente, como a ministra Marina Silva, de cabelo em pé.


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