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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

EU E OS MEUS BOTÕES (72)

Oi, pes...

Eu nem acabei de cumprimentar vocês e de repente chega aqui correndo...

Seu Assis! Seu Assis...!

Tá bom. Fala, Zilidoro...

É o seguinte, é o seguinte "Seu Assis tá tudo uma doidera demais, o mundo tá pegando fogo, ninguém se compreende mais. E as histórias vão rolando. Essa história de golpe, de tentativa de golpe pra derrubar o Estado democrático é um horror. Que loucura! Puta que pariu!

Lampa com seus olhos sempre esquisitos, de cabeça baixa, aparentemente demonstra estar alheio a tudo, mas a tudo observa.

Ei, ei, ei pessoal, olha quem está chegando...!

Opa, boa tarde pessoal!

"Dra, Dra, que bom que a senhora está de volta à nossa casinha", é Jam saudando a volta da Dra dona Flor que o bem encantou.

"Ei, ei, ei! Dra a gente falou da senhora o tempo todo, desde ontem. E pra nós o ontem é sempre". 

Olhe, olhe, gostei, estou gostando demais de estar com vocês. Seu Assis é uma pessoa de quem gosto muito. 

Quanto exagero, quanto exagero, dona Flor e vocês são incrivelmente exagerados nas palavras que dizem. 

Lá do seu canto, quase invisível, Barrica levanta a mão pra perguntar: "Seu Assis, o que é a vida?".

Antes de eu abrir a boca pra dizer qualquer coisa, lá da casa do Zé há quem questione: "Eu sempre quis saber o que é a vida, de onde viemos e pra onde vamos".

Bom, essa história é incrível e as respostas nunca foram rigorosamente respondidas por ninguém.

"Seu Assis, seu Assis, que coisa complicada...", é o eternamente discreto Zoião falando. 

É, o tema realmente é complicado. A gente nasce, a gente vive, a gente morre.

Derrepentemente, o Zilidoro diz assim: "Esse papo está muito doido".

Bom pessoal, vocês gostaram de falar com a doutora Flor Maria?

Todo mundo se levantou batendo palmas e perguntando...

Zilidoro, poeta, perguntou representando a turma: "A senhora volta amanhã?".

Lampa, quieto o tempo todo, levantou-se pedindo um abraço. 




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