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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

TUDO PELA DEMOCRACIA

Cada dia mais se faz necessário que fiquemos atentos aos movimentos do presidente da República, que comanda seu timão a favor do caos contra o Brasil.
Diante dos riscos que a democracia corre, no Brasil, a sociedade tida civil está se mobilizando.
Já beira à casa dos 800 mil os subscritos da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, elaborada por alunos e professores da Universidade de São Paulo, USP, que será lida no próximo dia 11 na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Hoje 5 os principais jornais do Brasil trazem, por sua vez, uma carta aberta à população intitulada Em Defesa da Democracia e da Justiça. A carta, escrita pela Fiesp, traz a marca de associações empresariais, ONGs, centrais sindicais e universidades. 
Eis a íntegra, leia:

No ano do bicentenário da Independência, reiteramos nosso compromisso inarredável com a soberania do povo brasileiro expressa pelo voto e exercida em conformidade com a Constituição.
Quando do transcurso do centenário, os modernistas lançaram, com a Semana de 22, um movimento cultural que, apontando caminhos para uma arte com características brasileiras, ajudou a moldar uma identidade genuinamente nacional.
Hoje, mais uma vez, somos instigados a identificar caminhos que consolidem nossa jornada em direção à vontade de nossa gente, que é a independência suprema que uma nação pode alcançar. A estabilidade
democrática, o respeito ao Estado de Direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios. Esse é o sentido maior do 7 de Setembro neste ano.
Nossa democracia tem dado provas seguidas de robustez. Em menos de quatro décadas, enfrentou crises profundas, tanto econômicas, com períodos de recessão e hiperinflação, quanto políticas, superando essas mazelas pela força de nossas instituições.
Elas foram sólidas o suficiente para garantir a execução de governos de diferentes espectros políticos. Sem se abalarem com as litanias dos que ultrapassam os limites razoáveis das críticas construtivas, são as nossas instituições que continuam garantindo o avanço civilizatório da sociedade brasileira.
É importante que os Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário – promovam, de forma
independente e harmônica, as mudanças essenciais para o desenvolvimento do Brasil.
As entidades da sociedade civil e os cidadãos que subscrevem este ato destacam o papel do Judiciário
brasileiro, em especial do Supremo Tribunal Federal, guardião último da Constituição, e do Tribunal Superior Eleitoral, que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente, e de todos os magistrados, reconhecendo o seu inestimável papel, ao longo de nossa história, como poder pacificador de desacordos e instância de proteção dos direitos fundamentais.
A todos que exercem a nobre função jurisdicional no país, prestamos nossas homenagens neste momento em que o destino nos cobra equilíbrio, tolerância, civilidade e visão de futuro.
Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvamos, confiantes na vontade superior da democracia. Ela se fortalece com união, reformando o que exige reparos, não destruindo; somando as esperanças por um Brasil altivo e pacífico, não subtraindo-as com slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento almejados.
Todos os que subscrevem este ato reiteram seu compromisso inabalável com as instituições e as regras
basilares do Estado Democrático de Direito, constitutivas da própria soberania do povo brasileiro que, na data simbólica da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, em 11 de agosto, estamos a celebrar.

A GENTE CHEGA, PASSEIA E PARTE. É DA VIDA

 

A impressão que eu tenho é que o dia amanheceu, hoje 5, mais triste. E não à toa, pois acabo de ouvir no rádio que o multitudo Jô Soares, 84 anos, partiu para a Eternidade. Foi às 2h20 no Sírio Libanês, em São Paulo.
Jô fez tudo, ou quase tudo, no campo das artes. Foi ator, autor, diretor de teatro, escritor, pintor, e tudo mais. Destacou-se em todas as áreas que entrou, inclusive na televisão.
Deixou muitos e muitos personagens e uma legião sem fim de admiradores, entre os quais eu.
No final dos anos de 1980, a contragosto, trocou a TV Globo pelo SBT. Motivo: queria virar apresentador, mas a direção da Globo não o quis para isso.
Fez um sucesso estrondoso no SBT e aí, Plim! Plim!, a Globo o chamou de volta pagando o que não lhe pagava antes. E é assim a história.
Eu participei de um dos seus programas. Foi no SBT, ao tempo em que eu lançava o livro Eu Vou Contar Pra Vocês (Ícone, 1990). Comigo participou do programa Onze e Meia a cantora e compositora pernambucana Anastácia.
O pai de Jô Soares, Osvaldo Heitor Soares, era paraibano. E Jô, carioca.
A vida é assim: a gente chega, passeia e parte.

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