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sábado, 10 de agosto de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (121)

José do Patrocínio teve presença marcante na formação do escritor Coelho Neto, que começou a sua carreira num jornal dirigido pelo abolicionista.
Coelho Neto (1846-1934) deixou mais uns 100 livros publicados e pelo menos 600 contos abordando os mais diversos temas. Foi considerado um dos maiores autores de histórias “pornográficas” e o primeiro e mais profícuo autor naturalista do Brasil.
A história d’A Rainha Ginga me faz lembrar a história da mineira Francisca da Silva de Oliveira, Xica da Silva (1732-1796), que no correr da vida fez de uma mulher branca a sua escrava. Além disso, teve 14 ou 15 filhos.
Casada com um homem muito rico, o português João Fernandes, Xica findou seus dias com muito poder e grana.
Conta a história que uma das filhas de Chica da Silva amasiou-se com um padre.
A presença de padres na vida real e na ficção é antiga.
No correr da Revolução Francesa, que explodiu em 1789, padres foram mortos e outros postos pra correr. Freiras também foram mortas e perseguidas pelos revolucionários de então.
O romance A Relíquia, de Eça de Queiróz, mostra boa movimentação de religiosos.
O menino Teodorico Raposo, quando já adulto chamado de Raposão, fica órfão de pai e mãe e é adotado por uma tia, Patrocínio das Neves.
Das Neves é uma mulher que dedica todo seu tempo, sua vida, a Deus e aos santos católicos. É uma carola. Riquíssima e sem herdeiros.
O Raposão faz tudo e mais um pouco para ganhar a estima da tia e, de tabela, a sua herança.
Raposão é um mentiroso, um vigarista, um aloprado “durango” que está o tempo todo envolvido com todo o tipo de mulher. Um dia apaixona-se completamente por uma certa Adélia. Ela o trai. O final desse romance? Não digo!
Portugal e França deram grandes escritores ao mundo.
A França, durante muito tempo chamada de A Cidade Luz, espalhou para o mundo obras de Voltaire, Sade, Victor Hugo, Flaubert, Rousseau, Sartre, Proust, Dumas (pai e filho), Balzac, Rimbaud, Baudelaire, Gide, Beauvoir e Zola.
Émile Zola fez muita coisa bonita.
Zola deixou duas dezenas de livros, um melhor do que o outro. O conteúdo da sua obra é extraordinário. Tem amor, adultério e tudo o mais que há no cotidiano humano. Foi ele o primeiro escritor a chamar a atenção para a realidade nua e crua do povo desamparado.
Foi Zola o criador  do Naturalismo como escola literária. 
O que difere o Naturalismo do Romantismo é a valorização da Ciência.

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