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quinta-feira, 16 de março de 2023

ADEUS, THEO DE BARROS

Assis, Theo de Barros e Eduardo Gudin ouvem Luís Avelima falando sobre música popular
 
O músico Theo de Barros morreu na última madrugada 15, cinco dias depois de completar 80 anos de idade. Era carioca, filho de um radialista pernambucano. Começou a carreira ainda na pré-adolescência. Sua carreira ganhou brilho a partir de São Paulo onde conheceu seu parceiro mais famoso, Geraldo Vandré. 
É de Theo e Vandré a moda de viola Disparada, empatada com A Banda, de Chico Buarque, num festival de música promovido pela Record em 1966. Essa música ganhou versão em vários idiomas: espanhol, italiano, francês e alemão. 
A primeira composição de Theo gravada por ele mesmo, num compacto simples, foi Menino das Laranjas, gravado também por Vandré e Elis Regina. 
Há uma versão muito bonita em espanhol de Menino das Laranjas, por Elis.
Eu conheci Theo de Barros num ano qualquer dos 70. Viramos amigos. Frequentou a minha casa (acima).
Acho que foi em 2008 que levei Theo para debater comigo o interminável ano de 1968. Foi um debate com exposição temática por mim organizada no BNB, em Fortaleza, CE
Desse debate, um ciclo, também participaram o músico Sérgio Ricardo e o jornalista José Hamilton Ribeiro. 
Certa vez Theo perguntou se eu conhecia a obra do poeta cubano Nicolás Guillén (1902-1989). Disse que sim, que até tinha uma edição de um livro de Guillén editado na Argentina. Pediu-me emprestado e eu o emprestei. Resultado: Theo musicou um poema do cubano e o inseriu num álbum duplo que lançou pela extinta Eldorado, em 1980.
E pensar que ontem 15 de manhã eu e minha filha Clarissa ouvíamos Elis cantar Menino das Laranjas, enquanto tomávamos café. E alí pelo final da tarde, numa visita a mim o amigo músico e quadrinista Paulo Garfunkel, o Magrão, perguntava se eu conhecia Teófilo Augusto de Barros Neto.
Pois é, pra morrer basta estar vivo.
 
 

HÁ 56 ANOS, TINHORÃO ENTREVISTAVA NAIR DE TEFFÉ

Parece que foi ontem...
No dia 15 de março de 1967, o jornalista José Ramos Tinhorão publicava no extinto Jornal da Tarde, SP, uma bela e inédita entrevista que fez dias antes em Niterói, RJ, com a viúva do marechal Hermes da Fonseca, Nair de Tefé. 
Hermes da Fonseca chegou à presidência da República em 1910, depois  de disputa eleitoral com o baiano Rui Barbosa.
Nair de Tefé foi ninguém mais, ninguém menos, do que a primeira caricaturista brasileira. Publicava em jornais e revistas sob o anagrama Rian, que é seu nome de trás pra frente.
À época, Tinhorão tinha 39 anos de idade. E ela 81. 
José Ramos Tinhorão nasceu no dia 07 de fevereiro de 1928, no município Paulista de Santos.
Na ocasião em que os dois de encontraram, ele foi por ela caricaturado (ao lado). 
Fica aqui o registro.
 

O PALAVRÃO NA BOCA DO POVO

Pesquisa sobre palavrões indica que Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro são as três cidades cujos habitantes dizem mais palavrões. Xingam mais, pra valer ou simplesmente brincando. Puta que pariu, que pesquisa!
Confesso, porém, que não me surpreendi.
O Brasil não se acha entre os primeiros países de bocas mais sujas do mundo.
Os ingleses e norte-americanos falam mais palavrões que nós. No mínimo, duas vezes e meia por dia. Por aqui, segundo a pesquisa que se acha nos jornais, o homem brasileiro fala em média oito palavrões por dia. E a mulher, cinco.
Porra! Pensei que era mais.
Agora, é claro que há brasileiros e brasileiras que falam mais ou menos palavrões. Eu mesmo falo uns 50 por dia. As palavras e palavrões que pronuncio no meu dia a dia vão de chá a paralelepípedo. Às vezes falo até inconstitucionalissimamente. Tem 12 sílabas. E quando estou bravo, bravo mesmo, falo até pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Caralho! Você dirá, caro leitor. Mas essa palavra eu já falei só por brincadeira, como agora dividindo sílabas pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-ni-ó-ti-co. São 46 letras, distribuídas em 20 sílabas.
Numa reunião ocorrida em 22 de abril de 2020, Bolsonaro pronunciou 29 palavrões em menos de 2 horas. Ele nasceu já assim, desbocado. Para o mal é sem limite e para o bem, zero. Agora mesmo deve estar se contorcendo num buraco qualquer dos EUA, com medo de cair em cana. Já são muitos os crimes a que responde e a outros que ainda responderá. Os tais presentes das arábias devem lhe render uma caninha de 2 a 12 anos. É o que consta no nosso código penal para o crime de peculato.
À propósito, por determinação do ministro da Justiça Flávio Dino, a Polícia Federal vai indiciar e apurar tim-tim por tim-tim o caso dos presentes das arábias. Caso esse em que se acha enrolado até o pescoço o tal que fugiu para os EUA.
Bolsonaro, por si só um palavrão, deve estar chamando todo mundo de fela da puta, corno, vagabundo, arrombado, fi de quenga. Daqui nós o chamamos de fela da puta mesmo, ladrão e tudo mais, Ô cabra ruim!

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