Começou com o apresentador falando da vida pregressa do entrevistado.
A primeira pergunta tratou de sua infância.
Depois, a entrevista ganhou corpo com diversos temas postos à mesa. E Filipe, falou, falou, falou. Bonito e rindo. Sempre rindo. Disse do seu interesse pela vida, pela profissão, pelo conhecimento. È também músico. Pianista.
Disse que sua cegueira tem aumentado no decorrer do tempo.
Filipe chegou a fazer tratamentos específicos, em Cuba e tal.
Chamou-me a atenção o fato de Filipe falar pouco sob sua condição de deficiente visual. Contratado pela jornal Folha e São Paulo é titular do blog semanal Haja Vista.
Segundo dados da ONU, a cada minuto uma pessoa fica cega no mundo.
No Brasil, o IBGE até agora não nos deu dados relacionados à questão. Fala de quinhentos e não sei quantos mil, 1 milhão, sei lá!
Há pessoas que nascem cegas, outras não.
Eu nasci vendo e agora já não vejo.
Para meu problema, houve uma explicação: descolamento de retina.
No começo, não foi fácil encarar a situação.
Submeti-me a nove cirurgias, a maioria no HC.
Foi terrível, principalmente na hora que os especialistas me deram a notícia de que pra meu caso, não há solução.
Meu mundo caiu, como na canção de Dolores Duran. Só que no meu caso, a questão não era de amor. Era de dor profunda na alma.
Os anos passaram e eu renasci, revivi.
Estou-me reinventando e a minha vontade maior, agora, é levar avante um programa pra tv. Título: Visão Cidadã.
Filipe Oliveira é paulistano do bairro da Bela Vista.
Ia-me esquecendo: há pouco ouvir uma belíssima fala do filósofo Clóvis de Barros.
Clóvis é jornalista e filósofo, perdeu um olho e agora corre o risco de perder o outro. Ele fala isso com toda naturalidade do mundo. Paulista de Ribeirão Preto, 55 anos. Confira:
O paraibano Bráulio Tavares é próxima entrevista de Carlos Sílvio. Amanhã, às 20h30.
Bráulio é um curinga da cultura popular brasileira. Sobre o assunto, sabe tudo e mais um pouco. Como se não bastasse, ele faz poesia e música. É bom de papo.