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sábado, 12 de maio de 2012

NONADA. O DIABO NÃO HÁ!

O dia chegou trazendo frio e assobiando forte, como querendo tirar da cama, antes do tempo, a população guardada debaixo dos lençóis.
Mas não é disso que quero hoje falar falar.
Quero falar de um escritor incrível e de um livro fantástico na forma e conteúdo como foi escrito.
Foi num mês outonal como este, maio, em 1952, que esse o romancista e diplomata mineiro de Cordisburgo iniciou viagem que resultaria numa obra-prima.
Essa obra tem por título Grande Sertão: Veredas, cujos principais personagens são Riobaldo e Diadorim.
Riobaldo é sertanejo forte e valente que não aceita desfeita e passa página a página em narrativa com um interlocutor invisível.
Mas ele quer morte, vingar o chefe e amigo Joca Ramiro traído por um certo Hermógenes.
Diadorim, órfão de Ramiro, é companheiro de Riobaldo nessa empreitada.
Nas páginas finais, há um grande duelo.
Após o duelo, sangrento e trágico, um grande segredo é revelado.
Que segredo será esse?
O que acontece com Riobaldo, encerra a carreira de vingador frustrado?
Um livrão, enfim, é o que Grande Sertão:Veredas.
Leiam-no ou releiam-no, valerá a pena o tempo a isso dedicado.
O autor é João Guimarães Rosa, primeiro de vários filhos da dona de casa Chiquitinha e do comerciante e caçador de onça dos sertões das Gerais, seu Fulô.
Grande Sertão: Veredas, dedicado à dona Aracy, mulher do autor, foi lançado à praça, com sucesso entrondoso, em 1956.
Dona Aracy faleceu no dia 3 de março de 2011, com pouco mais de 100 anos.
Antes de morrer, porém, ela foi reconhecida como heroína da guerra contra o nazismo, por salvar centenas de judeus na Alemanha, em cujo território viveu por uns tempos - antes e durante a eclosão da 2ª Grande Guerra - ao lado do marido, que era vice-cônsul do Brasil no país-berço de Hitler.
Clique abaixo para ouvir uma narração que fiz nos estúdios da Rádio Globo, em São Paulo.

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