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domingo, 20 de agosto de 2017

CRISE NO MUNDO DOS REPENTISTAS.

Não há uma crise no Brasil, há várias ao mesmo tempo incomodando a vida dos brasileiros mais simples.
Há crise de todo tipo: política, econômica e de falta de vergonha na cara dos políticos que foram eleitos para nos representar nas três esferas do poder, municipal, estadual e federal.
É grave o que está a acontecer conosco.
Dados das anotações feitas por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, os desocupados e desempregados somam milhões e milhões de pessoas das mais diversas faixas etárias, incluindo os ocupados ocasionais, são 23 milhões de almas a penar por aí afora em busca do que comer...
São graves as crises que ora passamos, enquanto o vice que virou presidente da república faz tudo que lhe dá na veneta para continuar no cargo. Ai de nós.
As crises se estendem por todos os setores, incluindo a educação e a cultura.
A onda negativa que sufoca o País também atinge o mundo dos poetas cantadores. 
Muitos desses artistas, populares na essência, andam recolhidos sem ter muito o que fazer, pois faltam-lhes público. Há bom tempo, por exemplo que não há cantoria na sede da União dos Cantadores Repentistas e Cordelistas do Nordeste, UCRAN. Além isso, muitos dos bons profissionais desse ramo estão fora de combate, como Sebastião da Silva, em cadeira de rodas há uns dois anos. E o pior disso tudo é que não há renovação no setor. Sumidos andam Moacir Laurentino, que sofreu recentemente um AVC, Louro Branco, João Evangelista e outros, pena.
"De fato, não temos novidades no setor", diz, desolado, o fundador da UCRAN, o paraibano Sebastião Marinho.
Prá lembrar alguns dos grandes cantadores, clique:






AINDA SOBRE FELICIDADE



O amigo José Cortez telefona para saber como é que eu estou, se estou bem etc.E papo vai, papo vem, ele diz que está de molho etc., mas com uma vontade danada de fazer exercício na academia que fica bem ao lado da editora de livros que leva o seu nome, ao lado da PUC, cá perto no bairro paulistano de Perdizes. E papo vai, papo vai, ele conta que há poucos dias perdeu o celular e que agora o seu computador entrou em crise e pifou. "Parece incrível, mas estou me sentindo como um menino, livre leve solto como uma  pipa no ar. Na verdade estou feliz!é isso, estou feliz!"
Pois é, que diacho é felicidade?
Todo mundo em algum momento, já fez ou fará essa pergunta.
Ao perder o celular e o computador, Cortez disse feliz.Simples, não é? Nós é que complicamos o nosso dia a dia, criando e achando sarna para nos coçar.
A modernagem da vida, com seus valores invertidos, faze nos crer que estamos a criar o fogo e a roda e nessa brincadeira de mau gosto para conosco mesmo, pomos os pés pelas mãos e nos lascamos de verde e amarelo.
Eu acho que felicidade é morrer sem dor. Acho também que felicidade é uma risada sem compromisso, solta; é um abraço sincero, quente, querido; é, até, uma calça rasgada como diz velha propaganda que um dia escutei no rádio.
Os estudiosos da vida e do comportamento do povo dizem que felicidade é o estado de liberdade em que se acha a mente.
Eu já ouvi muitas definições de felicidade, certo?
Se folhearmos a história da cultura popular vamos achar muitas frases "definitivas sobre felicidade".
É um estado de espírito. É um momento especial que sucede conosco, de maneira ocasional, inesperado, de repente.
É o gozo que nos propicia a cópula, num encontro fortuito ou não.Quer dizer: felicidade é tudo e é nada.
Os poetas já disseram muitas coisas bonitas a respeito de felicidade, amor, alegria e amizade. Mas tudo isso é questionável sob todos os aspectos.
Há a felicidade falsa, aquela que nós mesmos, muitas vezes nos enganamos por apreciar por uma ótica errada, ilusória.
Há o amor falso, conveniente, oportunista, sacana.
Há as alegrias, muitas, variadas, variáveis, frouxa, tortas, enganosas, aquelas que parecem ser mas não são, não é mesmo?
Quanto à amizade.....bem, há amizades francas, sinceras, bonitas, únicas, verdadeiras e à  prova de tudo. Há amizades incríveis, que a cultura popular chega a definir como sendo "de sangue", "de carne e unha".
Os cordelistas compõem desde sempre,  histórias em versos sobre a felicidade, amor, alegria e amizade.
De Patativa do Assaré (1909-2002), é este soneto:


Soneto da Felicidade

Onde está a felicidade?
Para alcançá-la -- que se faz?
Que caminho, que verdade
Nos enche de amor e paz?

A pessoa que é feliz
AliMentA a paz na Terra
Seu amor à vida é que diz:
Não à fome e à guerra!

Onde a felicidade, então?
No poder? Riqueza? Fama?
Na alegre paixão de quem ama?

Na ciência? Na fé, porém?
Não! Está em fazer o bem
Sem idéia de retribuição.

Sobre Patativa:


BRINCANDO COM A HISTÓRIA (50)





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