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quinta-feira, 18 de maio de 2017

O JORNALISMO AINDA VIVE. VIVA O FURO!

Furo é uma coisa muito difícil de ser feita.
Quando encarei o jornalismo como profissão a mim ensinaram da importância de um furo.
No jargão jornalístico, furo é notícia publicada ou anunciada em primeira mão. Não é fácil, repito, fazer isso. 
Furo é faro e vontade de ser primeiro em algum momento. No jornalismo, prá chegar ao furo o jornalista tem que ter fontes e antenas ligadas.
No correr da minha vida profissional, consegui fazer alguns furos.
Qualquer bom jornalista carrega consigo o desafio de publicar ou anunciar furos nas páginas de jornais e revistas e/ou rádio e televisão.
Consegui fazer alguns furos nos diários Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.
Na Folha dei furo nas áreas artísticas e policiais.
No Estadão, dei furo na área Política, no tempo em que eu chefiava a editoria de política do jornal.
O furo é meta de qualquer bom jornalista, mas com a internet e outros meios tecnológicos isso fica cada vez mais desafiante.
Muitos furos, milhares de furos, milhões  de furos jornalísticos já foram feitos desde a invenção de Gutemberg (1398-1468).
Eu era criança ainda quando a Agência France Press, AFP, noticiou para o mundo, em 1953, a morte de Stalin. Furo.
No começo da noite de ontem, o jornalista Lauro Jardim antecipou-se a todos os jornalistas e meios jornalísticos ao dar a notícia do aval de Temer ao "pagamento" com propina para o silêncio da coisa chamada Eduardo não sei o que, ex presidente da Câmara e hoje presidiário por decisão do juiz Sérgio Moro.
O furo de Jardim pode levar à queda de Temer, para o bem do Brasil. 
O dia 24 de agosto de 1954 entrou para a história como o dia em que um presidente da República do Brasil, Getúlio Vargas deu um tiro no próprio peito. Getúlio matou-se por muito menos do que acusações que pesam contra Michel Temer,  um brasileiro de Tietê. A propósito, o que estão achando os tieteenses sobre o seu ilustre conterrâneo?
Tietê é uma cidade que tem cerca de 40.000 habitantes e dista cerca de 150 km da capital paulista e berço do grande Cornélio Pires (1893-1958), o primeiro produtor independente de música no Brasil. Enquanto isso não se fala de educação nem de cultura popular, estamos fritos - mesmo!
O furo de Jardim foi como uma flechada no coração do Brasil.
Viva o bom jornalismo! 







BRINCANDO COM A HISTÓRIA (12)







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