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terça-feira, 15 de outubro de 2019

IRMÃ DULCE AGORA É SANTA. E O PADIM CIÇO?

A irmã Dulce virou santa e o padre Cícero, hein?
Dos nove Estados nordestinos, o Ceará é o que oferece mais candidatos à eternização no correr dos tempos: quatro, além do Padim.
Em 1928 a menina Benigna Cardoso da Silva preferiu morrer na ponta de uma faca a ceder aos instintos sexuais de um tresloucado adolescente. Ela tinha só 13 anos de idade e já à época foi considerada uma santa mártir pela população cearense.
Os outros três candidatos a santo são religiosos, como José Antônio de Maria Ibiapina (1806-1883).
O padre Ibiapina nasceu no Ceará e morreu na Paraíba. Ele foi um dos mais completos cidadãos que andaram pelo árido solo nordestino desenvolvendo bondades e todo o tipo de assistência aos miseráveis que topava pela frente. Foi um dos grandes intelectuais da Igreja Católica.
Todos esses candidatos, mais o padre Padim Ciço esperam reconhecimento para beatificação pelo Papa Francisco, que acaba de canonizar a soteropolitana Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914-1992).
Para o povo nordestino, Ciço já é santo há muito tempo, mesmo antes de ser excomungado pela Igreja.
O Padre Cícero faz parte do imaginário popular desde sempre.
No início do século XX, quando a industria fonográfica passou a florescer, o nome do padre apareceu  num disco da casa Edson (1902) na música A Farofa gravada pelo primeiro cantor profissional do país, Manoel Pedro dos Santos (Bahiano). Depois de Bahiano, o primeiro cantor a cantar o nome do padre do Ceará foi Luiz Gonzaga (1912-1989), na música Légua Tirana. Essa música foi gravada no dia 9 de junho de 1949 e lançada em outubro desse mesmo ano.




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