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sábado, 21 de novembro de 2020

SOMOS OU NÃO TODOS IGUAIS

 


Bolsonaro saiu da moita pra dizer que não é cego, é daltônico.

Daltônico é o cara que tem dificuldade de ver cores, especialmente vermelha e verde. Mais ou menos isso.

Noutra ocasião, o préclaro presidente da República chegou a dizer que negro tem dificuldade até de procriar. Disse isso e outros horrores.

Como cidadão, tenho vergonha desse presidente. E pena do Brasil como está sendo visto lá fora.

A população brasileira, a mais miscigenada do mundo, é forte.

Político nenhuma vai acabar com a força e a tradição popular.

Quem aí não se lembra de um cidadão chamado João Cândido?

http://assisangelo.blogspot.com/2017/04/64-ai-5-e-o-almirante-negro.html

E José do Patrocínio, hein?

E Machado de Assis, Lima Barreto, Joaquim Antônio da Silva Callado, Pattáquio, Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga.

A presença do negro nas artes brasileiras é riquíssima.

Castro Alves, de batismo Antônio Frederico de Castro Alves(1847-1871), não era negro. Mas é desse poeta a obra prima O Navio Negreiro (acima).

Esse poema foi escrito em São Paulo. Ano: 1868.

Cem anos depois, o paraibano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias (1935) escrevia, no Rio de Janeiro, outra obra prima: Pra Não Dizer que Não Falei de Flores (abaixo, com o autor). 

O poema de Castro Alves narra as agruras, os tormentos, dos africanos capturados e trazidos à força para engrossar as fileiras de escravos e escravas no Brasil.

O poema de Vandré trás ensinamentos: "somos todos iguais/braços dados ou não". Redondilha menor.

Os versos de O Navio Negreiro são feitos em quadras, decassílabos e redondilhas.

É lamentável o que se ouve da boca suja do presidente eleito para governar o povo. Ele não governa o povo. Ele faz chacota do povo, dividindo assim a população. Ele e o seu vice, Mourão.

Depois de dizer que não há racismo no País, ele ainda acrescentou: "Grande parte das pessoas de nível mais pobre, que tem menos acesso, são gente de cor". 

Clique: https://www.youtube.com/watch?v=-1jFyAP9cMs

Bolsonaro é uma pedra no sapato do Brasil. 



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