Seguir o blog

sexta-feira, 19 de abril de 2024

DEUS CRIA, O HOMEM MATA

Drones e mísseis pipocam no céu do Oriente Médio, assustando Deus e o mundo. 

É muito pipoco. 

É muita gente caindo ferida e morta no chão. Crianças e mães clamam por Deus, mas parece que Ele não está nem aí.

Tenho medo, quem não tem?

Lendo o livro A Chave do Tamanho (1942), escrito pelo taubateense Monteiro Lobato, deparo-me com o narrador falando a respeito do poeta do povo, Castro Alves. Mais adiante o autor vai falando pela boca dos personagens sobre a maldade dos homens e a loucura que são as guerras. 

Lembro também de Jorge Amado, por ter escrito o belíssimo livro ABC de Castro Alves (1941).

Não posso aqui deixar de lembrar também do cearense José de Alencar. 

Esses três autores representam com categoria, através dos personagens que criam, a mistura de cores de que se enriquece o Brasil: índio, branco e negro. 

Alencar foi o primeiro a pôr indígenas numa leitura de romance (O Guarani, 1857). Esse livro virou ópera composta pelo negro paulista Carlos Gomes.

Jorge Amado pôs as três cores nas suas histórias. Escreveu sobre o Brasil pé no chão, representado pelo povo.

No livro A Chave do Tamanho Lobato diz o que pensava sobre nazismo, dinheiro e poder pela boca da boneca Emília. 

Bom, hoje é o Dia dos Povos Indígenas. E por assim ser não custa dizer que dos cinco ou oito milhões de indígenas que o Brasil tinha antes da colonização portuguesa restam de descendentes menos de dois milhões. Segundo o IBGE, 1,7 milhão. 

Fora isso, ainda há 274 línguas indígenas de um total estimado em 1,2 mil até o ano de 1500.

É isso!

POSTAGENS MAIS VISTAS