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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O BRASIL MUSICAL TEM FUTURO, COM IZAÍAS

O Brasil musical tem futuro.
Um país tão melodioso como o nosso não pode perder tempo com as bobagens apresentadas nas emissoras de rádio e televisão.
Grosso modo, o que se ouve e o que se ver no rádio e na TV é vergonhoso.
Por que isso, hein?
Um país que deu Callado, Pixinguinha, Donga, Capiba, João da Bahiana, Chiquinha Gonzaga, Benedito Lacerda, Anacleto Medeiros, Luiz Americano, Laurindo Almeida, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Garoto, Canhoto, Dino 7 Cordas, Carlos Poyares, Altamiro Carrilho, Antenógenes Silva, Manezinho Araújo, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Carlos Gomes, Alberto Nepomuceno, Villa-Lobos e centenas de outros gênios não pode perder tempo com as bobagens que as emissoras de rádio e televisão tenta nos impor.
Contam-se nos dedos os bons programas culturais que dão gosto ouvir ou ver.
Em São Paulo, o da Inezita.
Na Bahia, o do Perfilino Neto.
Em Pernambuco, o do Ivan Ferraz.
E mais um e mais outro aqui e ali.
Nem os bons discos de autor brasileiro, ou intérpretes, dificilmente se acham nas boas lojas do ramo; aliás, nem essas lojas existem mais.
Quando achamos um ou outro bom disco, achamos nas livrarias.
Uma contradição?
Pois é, nas livrarias compramos discos e filmes...
Mas agora recebo uma boa nova: o disco dos sonhos de Izaías (e Seus Chorões) acaba de ser gravado com a participação do excepcional quinteto de cordas Quintal Brasileiro.
Intitula-se Radamés Gnatalli - Valsas e Retratos.
O jornalista Matias José Ribeiro, da área de divulgação do selo Sesc, por onde está saindo o CD, informa: “O ponto alto do disco é a célebre Suíte Retratos, uma obra dedicada a Jacob do Bandolim que foi lançada originalmente há quase 50 anos”.
Já ouvi algumas músicas do disco e o recomendo.
É uma verdadeira pérola o que nos dão Izaías e Seus Chorões & Quintal Brasileiro.
O lançamento oficial de Radamés Gnatalli - Valsas e Retratos será no próximo dia 9, na unidade Sesc da Vila Mariana, a partir das 18 horas.
Vamos?
Clique:

UMA HISTORINHA:
Num ano qualquer dos 80, eu trabalhava como repórter da Folha. E um dia fui entrevistar o maestro e arranjador Radamés Gnatalli para o suplemento Folhetim, momentos depois de uma passagem de som no teatro do Centro Cultural São Paulo. Liguei o gravador e a nossa conversa se iniciou. Ele respondeu a tudo que lhe perguntei. Até sobre o historiador José Ramos Tinhorão. Nesse ponto, a resposta foi ácida. Voltei à redação para transcrever a entrevista. Foi quando constatei que o gravador não gravou nada. 

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