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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

A "BANANIZAÇÃO" DA CULTURA POPULAR

Ouvi em algum lugar que hoje 22 é o Dia da Banana. Nacional ou mundial, não sei. Mas o barato é que hoje é o Dia da Banana. E como uma coisa puxa outra, vamos lá: a cultura popular, especialmente a música popular brasileira, está se bananizando com a rapidez de um raio.
Pois, pois.
A nossa música popular começa a ganhar forma na segunda parte do século 19, com os primeiros acordes que identificariam o que passaria a se chamar de choro ou chorinho. O avô dessa história foi o funcionário público Joaquim da Silva Antônio Callado e o pai, muito anos depois, Pixinguinha.
Em 1902 Manoel Pedro dos Santos, o Bahiano, gravaria em disco o lundu Isto é Bom. Foi a primeira música gravada em disco no Brasil e Bahiano desde então faria história como o primeiro cantor profissional do País.
O tempo passou e muitos outros ritmos e gêneros enriqueceram a discografia brasileira. Além do chorinho, vieram o lundu, o maxixe, o samba, o samba-canção, as marchinhas de Carnaval e junina, baião, xote e forró.
O maracatú e as folias de rei deram cor especial aos propriamente tidos folguedos populares.
As festas de São João marcaram época e agora se acham praticamente no limbo, invadidas que foram pelos sertanojos da vida e outras besteiras que degradam a sensibilidade de quem tem o mínimo de bom gosto.
Pois bem, hoje é o Dia da Banana.
A banana foi primeiramente cultivada lá pelos lados da Ásia, séculos antes do nascimento de Cristo.
A história conta que até Alexandre, O Grande, gostava de banana que só, dava tudo por uma banana. A propósito, a banana está de certo modo vinculada a questões pejorativas, de safadeza. Exemplo: "Fulano sentou-se na banana de beltrano". Ou: "Aqui pro'cê ó!". Essa expressão substitui um palavrão.
O gesto chega a ser obsceno. Agressivo. É possível que tenha origem no esticar do dedo, representado como símbolo fálico. Por que digo isso?
Banana é uma palavra de origem árabe e significa, grosso modo, dedo.
Além de ser associada a termos pejorativos, a banana também está aliada a países subdesenvolvidos e corruptos. Não à toa, foi não foi ouve-se ou lê-se aqui e acolá que "o Brasil é um país de bananas", ou "República de bananas".
No começo do século passado, ali pela primeira década, um escritor norte-americano chamado Willian Sydney Porter (O. Henry) escreveu e publicou o livro Cabbages and Kings. Nesse livro o autor cria a expressão "República das bananas". Fazia referência à população de um país fictício na América Central  que era explorada por um governo ditatorial e corrupto. A expressão corre mundo até hoje.
Meu amigo, minha amiga, você sabia que o Estado que mais produz banana é brasileiro? E que esse Estado é São Paulo?
Pois bem. Os municípios paulistas que mais produzem bananas são Registro, Itariri, Eldorado, Miracatú, Sete Barras, Cajati, Pedro de Toledo e Jacupiranga.
São centenas, quase um milhar, os tipos de bananas que se plantam e se colhem no Brasil e mundo afora.
Você sabia também que existe até o Museu da Banana? Esse museu fica em Corupá, SC e foi inaugurado em 2019, meses antes da pandemia provocada pela Covid-19.
A banana tem até dia em São Vicente Ferrer (PE), Jaíba (MG) e Cubatão (SP).
Já foi o tempo em que dava gosto dançar e ouvir música popular.
Em 1937, Braguinha compôs a marchinha Yes, Nós Temos Bananas, gravada por muita gente. Ouça com Almirante:

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