Jograis eram artistas populares, digamos assim. Como os brincantes.
Esses artistas começaram mostrar a cara e o talento ali pelo século V, início da Idade Média.
Os trovadores costumavam cantar em quadras, mais ou menos como faziam os cantadores repentistas portugueses dos primórdios.
Marques Sardinha (1849 -1941) e Maria Barbuda (1869 - 1956), por exemplo, formaram um par que trasbordava poesia no canto à viola.
Uma vez alguém perguntou a Sardinha uma definição de si próprio:
"Primeira sou lavrador
segunda sou musiqueiro
a terceira sou cantador
E a quarta sou putanheiro"
Os primeiros cordelistas e poetas repentistas brasileiros se expressavam também em quadras.
Na segunda parte do século XIX, o paraibano de Patos, Silvino Pirauá de Lima (!848 - 1913), deixou a quadra de lado e investiu na sextilha, cujo os versos formam estrofes com rimas no 2°, 4° e 6°.
Com o cordel, A vida como tragédia/ E um cego por testemunha, volto aos primórdios. Tomara que vocês gostem.