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terça-feira, 20 de novembro de 2018

HOJE E SEMPRE É DIA DE CONSCIÊNCIA



Hoje é o dia nacional da Consciência Negra, feriado em mil e poucos municípios. Em São Paulo, inclusive.
O mês de Novembro, é historicamente, marcante no Brasil. É o mês de tragédias, grandes acontecimentos.
O primeiro grande embate entre o povo e o Exército começou no dia 7 de novembro de 1896 e terminou pouco menos de 1 anos depois, dia 5 de outubro de 1897.Falo da guerra de Canudos. Desse conflito resultou na morte  de 25 mil pessoas, incluindo homens, mulheres, crianças e o líder Conselheiro.  E resultou também no clássico Os Sertões, de Euclides da Cunha, que narra esses acontecimentos tintim por tintim.
O primeiro golpe civil militar derrubou o imperador D. Pedro II e pôs no seu lugar, o marechal alagoano Deodoro da Fonseca, que antes de renunciar ao cargo de presidente fecharia o Congresso. Isso em novembro.
Ao findar a  República Velha, iniciada por Deodoro, começou a República de Getúlio Vargas, que foi de 1930 a 1945. Nesse período, Vargas instaurou o sombrio período do Estado Novo. Isso ocorreu no dia 10 de novembro de 1937.
No dia 29 de Novembro de 1967, morreu o mineiro João Guimarães Rosa, a sua morte ocorreu 3 dias depois de ter sido empossado como imortal da Academia Brasileira de Letras, ABL. Isso é ou não é uma tragédia?
No último dia 8 o STF suspendeu a proibição do Jornal O Estado de S. Paulo de publicar qualquer notícia sobre a família Sarney. Essa proibição durou exatos 3.327 dias. Censura braba!
No último dia 17 a justiça proibiu a Rede Globo de noticiar o andamento das investigações em torno do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes. Censura brava rolando de novo no mês de novembro no Brasil.
O Ato Institucional no.5 foi escrito 20 dias antes de ser decretado pelo general  Costa e Silva e anunciado ao País pelo ministro da justiça Gama e Silva, no dia 13 de Dezembro de 1968.
 O AI-5 foi o ato mais violento do governo militar (1964-85) e durou exatos 7.655 dias.
A guerra de Canudos motivou uma quantidade enorme de folhetos de cordel, peças de teatro, músicas, etc.
Em 2002, no livro O Clarim e a Oração (Geração Editorial) eu apresento um levantamento completo sobre Canudos na cultura popular brasileira.
A primeira música que fala de Canudos é o samba "Cabide de Molambo", de João da Baiana, lançado em dezembro de 1931 pelo cantor Patrício Teixeira (disco Odeon, no. 10.000, 883-A). A segunda, tratando do Conselheiro, é a toada "Pai João", de Almirante de Luz Peixoto, lançada por Gastão Formenti, com acompanhamento da Osquestra Victor Brasileira (Victor, no.33595-B) em dezembro de 1932.  
  
Todo esse material, incluindo folhetos, livros, discos,  se acha no acervo do Instituto Memória Brasil- IMB.



                          

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