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domingo, 23 de abril de 2017

JOÃO DÓRIA, INIMIGO DO CHORO

Numa canetada, o prefeito paulistano detonou o Clube do Choro. Foi ele ou o seu secretário da Cultura, cujo nome ainda não decorei. 
O Clube do Choro ocupava um espaço exíguo no Velho Teatro Artur Azevedo, na Mooca. Os espetáculos produzidos pelo pessoal do Clube a cada dia reuniam mais admiradores, de todas as idades.
O prefeito está se revelando um grande detonador cultural. A partir de amanhã, por exemplo, já não haverá espaço para os notívagos que já estavam se acostumando a  ler nos bancos da Biblioteca Mario de Andrade. Aqui neste blog, antecipei isso na semana passada. Prá compensar sugiro ao governante municipal que desenvolva uma ampla campanha de indução do povo à leitura, pelo menos isso!
O Choro é um gênero musical surgido na segunda metade do século 19, no Rio de Janeiro. O pai do Choro foi o funcionário público Joaquim Antonio da Silva Calado (1848-1880). Depois dele, o grande nome do Choro é Alfedo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha (1897-1973).
Pixinguinha nasceu no dia 23 de abril, portanto há 120 anos.
Até a hora que dito estas linhas, não soube de nenhuma notícia no rádio ou na televisão sobre os 120 anos de Pixinguinha. Tampouco sobre o Dia do Choro, que é hoje.
Tinha Pixinguinha 12 ou 13 anos de idade quando escreveu a sua primeira composição, o tango Lata de Leite. Com dezessete anos já tocava nos cabarés do Rio de Janeiro. No ano da Semana de Arte Moderna, 1922, Pixinguinha e o grupo Oito Batutas excursionaram pela França e Argentina. Na Argentina, o grupo chegou a gravar uma dezena de músicas.
Artistas costumam se consagrar através de uma ou duas obras autorais, caso de Beethoven (Nona Sinfonia), Bach (Jesus Alegria dos Homens), Ravel (Bolero), Haydn (Messias)...No Brasil, Luiz Gonzaga (Asas Branca), Geraldo Vandré (Disparada e Prá Não Dizer que Não Falei de Flores)...
O carioca Pixinguinha deixou uma obra enorme. Dentre as centenas de títulos, o destaque maior fica para o Chorinho Carinhoso, que em 1936 ganhou letra de Braguinha, o João de Barro, Carinhoso firmar-se-ia no imaginário popular a partir da gravação feita em 1937 por Orlando Silva, o Cantor das Multidões.
O Chorinho teve o Rio de Janeiro como berço, mas o tempo incumbiu-se de espalhá-lo por todo o País. Agora em São Paulo, deparou-se com um inimigo: João Dória.


CORTEZ NO PARQUE

O público que frequenta o centenário Parque Fernando Costa, no bairro paulistano da Água Branca, parece estar mais feliz. E sabem por que? Simples: um dos seus frequentadores mais assíduos, o atleta de fim de semana José Cortez voltou. Cortez pode ser visto nas manhãs de todos os sábados caminhando e se exercitando nas alamedas do parque.




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