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domingo, 24 de dezembro de 2017

QUE PAÍS É ESSE?

No mundo inteiro muita coisa acontece no mês de dezembro. No Brasil, inclusive.
Dizem que o Brasil é um país estranho, esquisito. O cartunista Fortuna, do Maranhão, escreveu e publicou um livro intitulado "Acho Tudo Muito Esquisito".
Quinta, 21, ouvi uma breve notícia dando conta do falecimento do ex vereador, ex isso e aquilo, da Arena inclusive, morrera aos 96 anos de idade, em Belo Horizonte, MG.
A famosa frase Que País é Este? caiu na boca do povo depois que ele, Francelino, a proferiu. Isso em 1975: "Que País é este em que o povo não acredita no calendário eleitoral anunciado pelo próprio presidente? À época o mandatário do país era o general Geisel. 
Essa frase, porém, já havia sido pronunciada no século 19 em textos de José de Alencar e Machado de Assis, eh, a história... Poucos anos depois, Renato Russo, Legião Urbana, compôs e lançou um rock com a mesma pergunta:



Pois é, o Brasil parece ser realmente um país esquisito, de modos esquisitos, assim governado desde sempre por quem escolhemos. Até o Lula, ex-presidente duas vezes do Brasil proferiu uma frase que também virou rock, aquela história dos picaretas do Congresso, lembram-se? Pois, pois. E é Natal.


O bom baiano Assis Valente escreveu um clássico para a época: Boas Festas.
O tema Natal e Ano Novo é um tema surrado, muito surrado na discografia universal.
Ouçam essas duas coisinhas:




NÃO É NOEL, É NATAL?

Ó só a conversa: 
- O Brasil está abandonado.
- É, minha cara, a gente só ouve notícia de ladroagem, de gente que roubou, de gente que está presa.
- E gente grandona, gente poderosa, gente que nunca foi presa e agora...
- Até o Maluf!
Pois é, por bom tempo fiquei ouvindo a conversa entre Ana e Cortez. Foi há coisa de uma hora e pouco, cá em casa. E foi longa a conversa. E engraçada em alguns momentos, descontraída. Cortez:
- E a faculdade, já terminou?
- Pois é, agora é o TCC.
- Qual é mesmo o curso?
- Gerontologia. Tem o gerontólogo e o especialista em gerontologia.
- E não é a mesma coisa?
- É e não é. O gerontólogo ainda não é o especialista em gerontologia.
E foi por aí a conversa. Muitos temas dentro de uma só conversa. Falaram do ontem, do hoje e do amanhã. Cortez, com os seus 81 anos de idade, disse um monte de coisas bonitas, simples. E arriscou, afirmando: 
- Eu acho que os jovens, os filhos deveriam ouvir mais os pais.
- É, os mais velhos têm sempre mais o que dizer. E não podemos esquecer que os jovens de hoje serão os velhos de amanhã.
E hoje é 24 de dezembro, mais um 24 de dezembro. Essa história de Natal é, claro, coisa da igreja católica. Ninguém sabe, ninguém mesmo, quando Cristo nasceu, ou quando morreu. A data da Igreja que leva o nascimento de Cristo é 24 de dezembro, e o da sua morte, sabe-se lá, mas é dito que ele morreu com 33 anos de idade, de braços abertos, pregado numa cruz e sobre a cabeça uma coroa de espinhos.
Natal, pela raiz da palavra é nascimento. Todo dia é dia de nascimento, de renascimento, de revida no próprio corpo. E aprendemos com os outros, quando queremos aprender, seja o filho com o pai, seja o pai com o filho.
E essa coisa de Papai Noel, hein?
Essa, como bem se sabe, é uma invenção católico-mercantilista, como o casamento. O mercado vibra com o Natal, com o dia dos pais, dias das mães, dia das crianças etc.
E todo mundo se entulhando, enchendo a barriga de tranqueira, de lixo mesmo, e a barriga ficando daquele jeito, explodindo para os lados, e o cansaço... Cortez de novo:
- Pois é, minha cara: O galo que canta no Japão e na China é o mesmo galo que canta no Brasil, é o porco que ronca, é o cachorro que late, por aí. Tudo na vida é educação, educação e cultura. É pela educação que os seres humanos se formam. Se a criança tiver bons ensinamentos essa criança será num bom adulto, com instrução e sabedoria, caso contrário... O livro, por exemplo, vejo como uma espécie de brinquedo. Se todos os pais ensinassem seus filhos a ler, a gostar de livro, de leitura, acho que tudo seria diferente, e pra melhor!
Noel como tema musical, entrou no mercado fonográfico através da extinta gravadora Colúmbia, em dezembro de 1932. A canção intitulada Era Uma Vez Papai Noel é de autoria de Custódio Mesquita, um carioca nascido em 1910 e falecido em 1945. Ele deixou 111 músicas gravadas. E foi uma mulher, Madelou de  Assis (1915-1956), quem primeiro cantou o velho e inadequado Noel nestas terras tropicais invadidas por Cabral, ouçam-na:



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