Seguir o blog

quinta-feira, 28 de julho de 2022

CARTAS QUE INCOMODAM

A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1866
Eu disse e repito: precisamos estar sempre alertas, vigilantes, para que a democracia não seja usurpada e naufrague nas profundezas do desconhecido.
Em 1977, juristas e demais membros da sociedade civil se juntaram e exigiram, em carta aberta aos brasileiros e brasileiras, que a democracia retomasse seu rumo. 
Em 1977 o Brasil se achava amordaçado, nas mãos dos militares. 
À época, o general de plantão era o gaúcho Ernesto Geisel (1907-1996).
A carta de 77 foi lida por Goffredo da Silva Telles no dia 11 de agosto, no "Território Livre" da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Nesse mesmo lugar, e dia/mês, serão lidas mais duas cartas abertas à população brasileira. A que acaba de ser feita por professores e estudantes da USP e a que está sendo feita por empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp.
Essa carta, a da USP, já recebeu a adesão de quase 200 mil pessoas, entre elas os juristas Sepúlveda Pertence, Carlos Ayres Britto e Celso de Mello; os artistas da nossa música popular Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Ana de Hollanda e Bete Mendes; o cineasta João Moreira Salles; os jornalistas Astrid Fontenelle e Juca Kfouri e o Padre Júlio Lancellotti, por quem o papa Francisco tem demonstrado grande respeito.
A carta da Fiesp terá a adesão até da Febraban, que reúne 116 bancos. Desses estão fora o 
Banco do Brasil e a Caixa Federal.
O dia 11 de agosto marca a criação dos cursos jurídicos no Brasil, em 1827.
Enquanto a sociedade civil se organiza a favor da democracia, o presidente bufão Jair Bolsonaro está rosnando, chiando, subindo pelas paredes. Que nem um cão raivoso, disse: "Vivemos num país democrático, defendemos democracia, não precisamos de nenhuma cartinha para dizer que defendemos a democracia (...). Pra dizer que queremos cumprir e respeitar a Constituição, não precisamos então de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que nosso caminho é a democracia, a liberdade, respeito à Constituição".
Bolsonaro continua ameaçando o Estado Democrático de Direito vigente no nosso País desde o fim da ditadura militar. 
 

POSTAGENS MAIS VISTAS