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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

LUA E RENATO TEIXEIRA

Menina 23 chegando noite maravilha sampa São Paulo e não sei que  não sei que lá não sei que lá não sei que lá...., linda bela.
O sol é novo todos os dias.
O sol não tem tempo. E a lua nasce todos os dias, e pra se mostrar sorrir nas fases que quer: nascente, crescente, cheia e minguante.
Lua, lua, feminina.
Menina lua chegando no colo da lua mãe.Quem?
L de lua, a de amor, m de mar, a de não sei que lá não sei que lá não sei que lá....
A vida é sol, é mar...
A lua se esparrama no mar.
Vocês conhecem um poema Ismália, do poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens? pois sim ou não, que beleza!

Faz bem pouquinho tempo que falei quase uma hora com meu querido Renato Teixeira, cantor e compositor,  amigo de muito tempo, que conheci através do fundador do jornal Última Hora,  Samuel Wainer.
Um dia Samuel diz que gostava dos textos que eu escrevia na Folha Ilustrada, no folhetim. E não pediu, mandou: eu quero que você faça uma entrevista com Renato Teixeira.
E eu nem sabia quem era Renato Teixeira, mas pela necessidade momentânea, fiquei sabendo que Renato tivera recentemente uma música gravada por uma tal de Pimentinha, chamada Elis Regina.
Título: Romaria. Ouçam:

Renato Teixeira é-me muito importante.Tá, sei que o Brasil também acha isso.
Neste momento ele se acha em Olinda, Recife e depois do dia 20 que vem, estará de volta à cidade que me adotou, São Paulo. Estaremos juntos, certamente.
Renato tem muita história com Vandré. Terei tempo de contar isso em outro momento.
Renato tem muita história de lua. Renato é um sonhador, meio besta assim que nem eu.

KLÉVISSON VIANA LANÇA MAIS UM BELO LIVRO

Aos 45 anos de idade, Klévisson Viana consagra-se  definitivamente como um dos maiores criadores e intérpretes da poesia dita popular, aquela que é tradicionalmente publicada em folhetos basicamente de 32 páginas.
Klévisson Viana é um cearense que praticamente desde o berço dá voz às coisas do cotidiano, incluindo gente e paisagens.
Kévisson, criador e dono da editora Tupynanquim, já publicou centenas e centenas de folhetos de diversos autores, entre os quais ele próprio.
Além de muitos folhetos de sua lavra, Klévisson tem uma boa penca de livros de poesias publicados. O mais novo desses livros é o Miolo da Rapadura,
( Premius editora e Tupynanquim editora, 2017; 168 pág.) em que conta saborosos causos e homenageia alguns nomes do universo da cultura popular, como o raçudo cantador repentista Geraldo Amâncio,(pág.33) , o poeta Alberto Porfíro (pág. 63), mestre João Firmino Cabral ( pág. 85), o imortal humorista Chico Anysio (pág. 113).
Além desses nomes importantes da cultura popular de que tanto gostamos, Klévisson fala nessa sua nova obra sobre os símbolos do cangaço Lampião e Maria Bonita,  pegos em emboscada no alvorecer do dia 28 de julho de 1938; e Zé Limeira, o mito do repentismo brasileiro, nascido e enraizado na Serra paraibana do Teixeira, ali pelo início da segunda parte do século 19.
O novo livro de Klévisson, traz-me boas lembranças e  surpresas.
Há uns anos, uns 10 talvez, gravei de Klévisson, uma jóia cujo mote é Eu Quero ver Acordado, Aquilo que vi Dormindo, que se acha no livro. Gravei com acompanhamento musical da viola repentina do mestre Sebastião Marinho. Esse disco, produzido pelo mineiro cantador Téo Azevedo, poeta e tudo mais, traz uma música que compus com próprio Klévisson e Gereba, Quixoteando, esta:


Eu tenho ouvidos muitos livros, áudios livros. e não raro a alegria bate-me a porta anunciando-se como Marco Haurélio, o cartunista Fausto, Vitor Nuzzi (biógrafo de Geraldo Vandré) Rômulo Nóbrega, Cristina, Tinhorão, Lúcia.....aliás, esse novo livro de Klévisson começou a ser lido para mim por Tinhorão e findo, agora,  por Lúcia. Quer dizer: mesmo  hoje sem  poder ler, eu leio pelos olhos de amigos e amigas.
José Ramos Tinhorão, veio sexta, como todas as sextas comumente, e conversa vai e conversa vem, leu para meus ouvidos o mote   O Namoro de Antigamente e o Namoro de Hoje em Dia,  do Klévisson, que diz muito de ontem e de hoje, na parte assim da safadeza, do duplo sentido....pois enfim o Tinhorão está escrevendo um livro sobre licenciosidade, coisas da poesia. E ele leu, começando assim: 

Vamos poeta!
Defenda o namoro antigo, 
Deixe o moderno comigo
Que agora vou embolar!

Sobre namoro, 
Gosto mais de hoje em dia...
Não tem  mulher arredia. 
Quando o assunto é gozar!
O casamento
é negócio ultrapassado
Pra mulher fazer agrado 
Não precisa se casar! 
....

Viva a cultura popular, viva o Brasil e que a esperança em nós nunca morra, nunca desapareça de nossa memória e imaginação.

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