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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

JORGE RIBBAS, JOÃO CÂMARA E EU

Hoje está se completando um ano que a Covid-19 fez sua primeira vítima fatal. Foi um chinês de Wuhan, que se achava num criadouro ou mercado de animais.
A praga denominada Novo Coronavírus já infectou 90 milhões de pessoas mundo afora. Só no Brasil, mais de 8 milhões.
O mundo inteiro está sofrendo, está pagando pecados, mudando a rotina.
O compositor e instrumentista arranjador pernambucano Jorge Ribbas, diretor musical de um conservatório musical de Campina Grande, PB, telefona pra dizer que anda de cabeça pra baixo. Culpa da pandemia que a todos nos ameaça.
E Jorge contou um pouco de sua história pessoal. Que nasceu em Garanhus, PE, em março de 1964. "Sou filho da Ditadura", disse brincando.
Desse assunto eu conheço, pois sou da safra de 1952.
Em 1952, Vargas era o presidente paz e amor. Antes, de 1930 e 1945, ele foi o cão chupando manga. Prendia e arrebentava. Fez parceria com Deus e o Diabo e, assim, findou por dar identidade política, econômica e cultural ao Brasil de hoje sob as rédeas do ex-capitãozinho Bolsonaro.
No dia 24 de agosto de 1954, ele deu um tiro no peito. E foi-se.
Bom, Jorge contou que deixou Garanhus pra se aventurar na grande Campina Grande. Tinha uns 19 anos quando chegou lá, terra do mungangueiro Genival Lacerda. Lá cresceu e virou um gigante da boa música.
Engraçado, essa história me lembra outra. É o inverso.
No dia 12 de janeiro de 1944, nasceu em João Pessoa o menino que virou pintor chamado João Câmara Filho.
Eu tinha menos de 19 anos quando conheci João Câmara, que virou meu professor de História da Arte da divisão artística da Universidade Federal da Paraíba.
João Câmara tinha 16 anos quando trocou João Pessoa por Orlinda, PE. E lá continua compondo sua obra pictórica.
O que tem a ver Jorge, João e eu nessa história toda?
Jorge ainda muito jovem oferecia-se como professor de música de porta em porta.
João fazia o mesmo batendo de porta em porta, oferecendo seus quadros.
E eu com isso?
Bom, como pintor não fui lá grande coisa e no jornalismo encontrei o meu caminho, a partir dos jornais O Norte, Correio da Paraíba, A União, Projeção, Diário da Borburema e Rádio Correio da Paraíba, ofereci-me ao mundo.
Troquei João Pessoa pela Capital paulista em agosto de 1976. E o Jorge virou meu parceiro musical. Ouça:



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