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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

HOJE É DIA DE ZÉ RAMALHO!



Tudo começou em Brejo do Cruz, município distante uns quatrocentos km da capital paraibana. Lá, no dia 03 de outubro de 1949, nascia o único varão do casal Estelita e Antônio: José Ramalho Neto.
Para quem mora ou está no Sul-maravilha, Brejo do Cruz fica no ponto exato onde o vento faz a curva.
Muito cedo o menino perdeu o pai, e muito cedo o menino e a sua mãe passaram a morar na segunda maior cidade da Paraíba: Campina Grande.
O pai do menino Zé morreu afogado, vítima de uma cãimbra que o atacou na travessia a nado de um açude.
O menino Zé foi crescendo e tomando gosto pela música, primeiro através das ondas médias OM do rádio campinense. Não demorou e ele partiu prá João Pessoa, onde tomou conhecimento da existência de músicos de carne e osso. Alguns dos primeiros músicos que conheceu, integravam o conjunto Os Quatro Loucos.
Vital Farias, mestre aplaudido da nossa melhor música popular, era, digamos assim, a principal figura do conjunto. Encurtando a história: Zé entrou no lugar de Vital, que é paraibano de Taperoá, como o dramaturgo Ariano Suassuna (1927-2014).
O Quatro Loucos foi a catapulta que levou Zé ao estrelato.
Em 1975, Zé Ramalho gravou o seu primeiro e único álbum duplo em parceria com o pernambucano Lula Côrtes. Esse disco é raríssimo, é o mais caro no mercado "negro". Custa em torno de R$ 5.000,00, mas na Europa e EUA têm sido feitas cópias dele e vendidas mundo afora. Esse disco nunca foi relançado por autorização do Zé e do Lula, que já morreu.
Em 1976, Zé Ramalho aparece num disco compacto feito de forma independente na Paraíba. Nesse disco, ele ocupa as duas faixas declamando poesias. Mas prá valer, mesmo, o primeiro disco de carreira desse autor e intérprete paraibano foi gravado em Novembro e Dezembro de 1977 e lançado no início do ano seguinte. A faixa que abre esse disco Avôhai tem tudo a ver com o avô, que o criou.
Muito tempo depois do compacto gravado na Paraíba, eu o convidei para comigo gravar um poema do amigo comum, Nêumane. A faixa em que interpretamos esse poema se acha no cedê Assis Ângelo Interpreta Poetas Brasileiros. Ouça:

3 DO NORDESTE

O correspondente informal deste blog na Paraíba, Rômulo Nóbrega, acaba de telefonar para informar que o zabumbeiro Parafuso morreu ontem quando se apresentava no palco de um a casa de espetáculos em Colonia, Alemanha. Há muitos anos ele integrava um dos mais respeitáveis grupos de forró do País: Os 3 do Nordeste. Os forrozeiros estão de luto.

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